Governo do Rio cria força-tarefa para combater contaminação de água
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O governo do Rio de Janeiro anunciou a criação de uma força-tarefa para enfrentar a contaminação da água dos rios que abastecem as cidades de Niterói, São Gonçalo e outras regiões. O poluente tolueno tem provocado a suspensão no abastecimento de água desde a ultima quarta-feira (3), afetando quase 2 milhões de pessoas.
Segundo o governo, o INEA (Instituto Estadual do Ambiente), a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e a Petrobras irão ceder equipamentos e maquinário para realizar a sucção do poluente. A Petrobras e a Transpetro também irão disponibilizar barreiras de contenção, recolhedores de oleofílicos e mantas absorventes.
Até o momento, o sistema Imunana-Laranjal continua suspenso há mais de 48 horas, e a Cedae não possui previsão para normalização do abastecimento. Diante desse cenário, foi estabelecido um plano de ação para conter o derramamento do composto químico nos rios Rio Guapiaçu, em Guapimirim, que abastecem parte da Região Metropolitana.
A mobilização conta com a participação das secretarias de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, da Polícia Civil e da Polícia Militar, além do envolvimento do Inea, Cedae, Petrobras e das concessionárias Águas do Brasil e Águas do Rio. O objetivo é encontrar uma solução conjunta para normalizar o fornecimento de água o mais rápido possível.
Enquanto as ações estão sendo tomadas, a Cedae já instalou uma barreira em um canal onde a contaminação foi detectada, reduzindo o índice de tolueno na água. No entanto, técnicos avaliaram que será necessário fechar o acesso a outro canal onde também há indícios de derramamento do produto.
Até o momento, os testes indicam que a água continua imprópria para consumo. O sistema Imunana-Laranjal abastece as cidades de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá (Inoã e Itaipuaçu) e a Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro.
Uma equipe do Inea está investigando a origem da contaminação, mas até o momento ainda não há informações conclusivas. Enquanto isso, a concessionária Águas do Rio enviou um comboio com 10 caminhões-pipa para abastecer unidades de saúde em São Gonçalo e Itaboraí. Porém, moradores dessas regiões relataram cobranças abusivas pelo serviço, chegando a valores de até R$ 1,5 mil, enquanto anteriormente o mesmo caminhão custava cerca de R$ 400.
A concessionária Águas de Niterói, responsável pela distribuição da água, informou que o abastecimento em toda a cidade continua suspenso, sem previsão de retorno, e reforçou o pedido para que os clientes economizem água até que a situação seja normalizada A empresa ainda garantiu que não há risco de a população ter recebido água imprópria para consumo, pois a Cedae interrompeu a captação da água antes da contaminação.