Governo se manifesta sobre situação na Ilha de Marajó e cita ações contra a exploração infantil
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O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania do governo Lula emitiu uma nota na última quinta-feira (22 de fevereiro), se pronunciando sobre as denúncias de exploração infantil e sexual na Ilha de Marajó, localizada no Pará. As acusações vieram à tona após a cantora gospel Aymeê falar sobre o assunto em um reality show musical.
De acordo com a nota do MDHC, desde maio de 2023 a região é amparada pelo programa Cidadania Marajó, com o objetivo de combater situações de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, além de promover direitos humanos e acesso a políticas públicas.
Desde a exibição do programa "Dom Reality", onde Aymeê denunciou a exploração de crianças e adolescentes na Ilha, diversos vídeos falsos circularam na internet. A cantora emocionou os jurados ao relatar a situação preocupante que ela descreveu na letra da música apresentada.
O programa de governo informa que já foram realizadas três agendas no território de Marajó desde a implantação do programa Cidadania Marajó. Além disso, foram promovidas ações como o trabalho de forças de segurança federais para desarticular redes de exploração, além do investimento em educação e distribuição de alimentos, entre outras medidas.
Diante da gravidade da situação, o Estado planeja a implementação de 260 cisternas em escolas públicas rurais da região do Marajó, com um investimento de R$ 7,3 milhões e início da execução previsto para março de 2024.
Na nota o governo também reforça a importância de não associar a população da Ilha de Marajó apenas à exploração sexual, ressaltando a diversidade e potencial socioambiental da região. Também pede cuidado na divulgação de informações fora de contexto, visando evitar estigmas e agravamento de riscos sociais.