Hamas liberta três reféns israelenses e cessar-fogo é mantido

Neste sábado (15), o movimento islamista palestino Hamas libertou três reféns israelenses como parte da sexta troca com Israel, seguindo o cessar-fogo em vigor na Faixa de Gaza. Os reféns Yair Horn, Sasha Trupanov e Sagui Dekel-Chen foram entregues em Khan Yunis, ao sul de Gaza, após 498 dias de cativeiro. Os milicianos do Hamas, encapuzados e armados, colocaram os reféns em um estrado, onde eles falaram rapidamente em hebraico antes de serem entregues à Cruz Vermelha. Dois dos reféns, Dekel Chen e Troufanov, foram levados a um hospital em um helicóptero do exército israelense (foto). Paralelamente, Israel deve libertar 369 prisioneiros palestinos neste sábado.

As negociações para a libertação dos reféns foram intensas, especialmente com a chegada iminente do secretário de Estado americano, Marco Rubio. Vários ônibus com os prisioneiros palestinos partiram de prisões israelenses, chegando à cidade de Ramallah, onde foram recebidos por familiares e apoiadores. Quatro dos presos libertados precisaram ser hospitalizados, segundo informações da Cruz Vermelha.

Desde o ataque surpresa do Hamas em outubro de 2023, que desencadeou a guerra e resultou na captura dos reféns, a região enfrentou um cenário de devastação, com dezenas de milhares palestinos de mortos e feridos. Meses de difíceis negociações entre Catar, Egito e Estados Unidos resultaram no acordo de trégua em janeiro, encerrando 15 meses de combates na região. A intervenção destes países foi fundamental para manter o cessar-fogo esta semana, evitando uma possível retomada do conflito.

As preocupações com o estado físico e psicológico dos reféns foram destacadas por declarações recentes de sobreviventes do cativeiro, como Keith Siegel, que descreveu condições desumanas durante o tempo em que ficou em poder do Hamas. As trocas de reféns realizadas anteriormente também geraram controvérsias, com relatos de brutalidade e debilidade física dos libertados.

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