Justiça manda Marçal excluir vídeos com laudo falso sobre Boulos
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Na manhã deste sábado (5), o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo decidiu pela exclusão de vídeos publicados nas plataformas Instagram, TikTok e Youtube referentes a um laudo médico falso apresentado pelo candidato Pablo Marçal (PRTB) contra Guilherme Boulos (PSOL). O juiz da 2ª Zona Eleitoral, Rodrigo Marzola Colombini acusou a falsidade do documento, porém não acatou a solicitação de suspensão das redes sociais de Marçal e nem a proibição de criar novos perfis até o fim das eleições municipais.
O ex-coach, em seu Instagram, divulgou um documento alegando que Boulos estava em um suposto surto psicótico grave e utilizando cocaína durante um atendimento médico. O juiz ressaltou as inconsistências no documento, como a assinatura e o CRM de um médico já falecido e a proximidade do dono da clínica onde o laudo foi gerado com Pablo Marçal. A defesa de Boulos, em pronunciamento ao TRE, solicitou a remoção das publicações e a suspensão das redes sociais de Marçal, alegando propaganda irregular e disseminação de informações falsas.
Além disso, a defesa do psolista pediu medidas como a prisão de Marçal, apreensão de provas e quebra de sigilo telefônico e telemático. O juiz determinou sigilo da notícia-crime e enviou o caso ao núcleo dos Juízes de Garantia em São Paulo, para a abertura de um inquérito. A representação ao TRE também ressaltou a estratégia difamatória de Marçal ao tentar ligar Boulos ao uso de drogas, bem como a falsidade e manipulação de informações para prejudicar o pleito eleitoral.
A representação feita ao tribunal destaca a utilização de um homônimo de Boulos por Marçal para espalhar falsas acusações. O candidato do PSOL transmitiu seu programa ao vivo na data em que supostamente estaria em internação médica, o que contradiz as afirmações difamatórias de Marçal. A defesa de Boulos aponta as inconsistências do laudo, como erros no número de identidade do psolista e a natureza duvidosa do atendimento laboratorial em caso de emergência.
A defesa de Guilherme Boulos salienta a proximidade entre Pablo Marçal e Luiz Teixeira da Silva Junior, dono da clínica responsável pelo laudo falso, que já possui antecedentes judiciais por tentativa de uso de documentos falsos. A investigação sobre a disseminação de informações inverídicas nas redes sociais continua sem prazo definido, enquanto a defesa do psolista busca restabelecer a verdade e a lisura no processo eleitoral.
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