Manuela D'Ávila deixa o PCdoB após 25 Anos por incompatibilidade ideológica
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Após 25 anos filiada ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), a ex-deputada federal Manuela D'Ávila anunciou sua saída da legenda devido a uma "incompatibilidade ideológica". A decisão foi tomada durante o evento "O que a Esquerda Deve Fazer para Recuperar o Espaço Perdido?", no qual Manuela declarou que se tornou uma mulher sem partido por falta de opção e condições de decidir seu próximo caminho político. "Toda vez que a gente abre uma mesa sobre como avançar na esquerda, a gente escuta: 'Estão ajudando o Bolsonaro'. Eu não estou", disse ela durante o debate.
Manuela iniciou sua carreira política aos 23 anos, tornando-se a vereadora mais jovem eleita em Porto Alegre, em 2004, pelo PCdoB. Posteriormente, em 2006, foi eleita deputada federal mais votada do Brasil, com mais de 270 mil votos. Nas eleições seguintes, em 2010, quebrou seu próprio recorde, recebendo quase meio milhão de votos. Com um histórico expressivo na política, disputou a prefeitura de Porto Alegre por três vezes, sendo derrotada na última eleição, em 2020, por Sebastião Melo (MDB).
A jornalista e proprietária da consultoria D'Ávila & Schaidhauer Comunicação, Manuela D'Ávila afirmou que, como está sem partido, possui a liberdade de criticar todas as siglas políticas. Durante o evento em que anunciou sua saída do PCdoB, também estiveram presentes personalidades como o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), o deputado estadual Renato Freitas (PT-PR), a filósofa Márcia Tiburi, o sociólogo Jessé de Souza e o historiador Jones Manoel, filiado ao PCB.
A ex-deputada, que fez parte como vice da chapa de Fernando Haddad para a presidência nas eleições de 2018, vencidas por Jair Bolsonaro, não fez previsões sobre filiações partidárias futuras ou a possibilidade de fundar um novo partido de esquerda.