Mercados pelo mundo abrem em queda com reflexos do tarifaço de Trump

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O dólar registrou forte alta nesta segunda-feira (7), refletindo as preocupações em torno das tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O temor de uma recessão global desencadeada pelas tarifas pauta as negociações ao redor do mundo, resultando em mais um dia de aversão ao risco nos mercados financeiros. Às 11h04, o dólar à vista subia 0,92%, atingindo R$ 5,888, após ter subido mais de 3% na sexta-feira. Por outro lado, a Bolsa continuava em queda, despencando 1,61%, registrando 125.203 pontos, influenciada pelo cenário global de incerteza econômica.
O tarifaço anunciado por Trump consolidou a perspectiva de uma guerra comercial ampla na última semana. O presidente impôs tarifas adicionais de importação a todos os parceiros comerciais dos EUA, partindo de uma taxa mínima de 10% sobre todos os produtos importados, independentemente da origem. Países como China, União Europeia, Japão e Brasil serão taxados em diferentes porcentagens, e no total, 186 economias foram atingidas pelas medidas agressivas. Em resposta, a China anunciou retaliação com tarifas próprias, programadas para entrar em vigor a partir de quinta-feira, 10 de abril.
A escalada na guerra comercial gerou uma reação imediata nos mercados financeiros globais, com as bolsas despencando pelo segundo dia consecutivo. Empresas listadas em Wall Street viram seu valor diminuir em quase US$ 6 trilhões somente na última semana. As tarifas agressivas de Trump também impactam a cadeia produtiva doméstica dos EUA, antes globalizada e dependente de importações. A expectativa é de um impacto negativo no crescimento econômico global, com riscos de recessão aumentando de 40% para 60% em apenas uma semana, segundo análises do banco JPMorgan.
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