Moraes derruba sigilo da delação de Mauro Cid, veja detalhes
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, retirou o sigilo da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nos documentos revelados, são destacados os benefícios solicitados pelo militar para cooperar com as investigações. Cid, em sua delação, pleiteou o perdão judicial ou no máximo dois anos de prisão, além da devolução de bens e valores apreendidos. Ele ainda requereu que esses benefícios se estendessem a seu pai, esposa e filha. Adicionalmente, solicitou garantias de segurança para si e sua família pela Polícia Federal, bem como a manutenção do sigilo do conteúdo da colaboração. A homologação da delação foi realizada em setembro de 2023, cabendo à Justiça a decisão sobre a concessão dos benefícios durante o julgamento da ação penal. Cid prestou depoimento à PF acerca de pelo menos sete investigações envolvendo o ex-presidente Bolsonaro.
Segundo informações divulgadas, o tenente-coronel Mauro Cid revelou detalhes sobre diferentes situações, incluindo alegações de que o ex-presidente Bolsonaro teria influenciado em relatórios e documentos oficiais. Entre os relatos apresentados pelo delator, está a afirmação de que Bolsonaro teria manipulado um documento para requisitar a prisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Além disso, Cid mencionou que policiais rodoviários federais solicitavam participar de motociatas promovidas por Bolsonaro em rodovias estaduais, evidenciando possíveis interações entre o governo e agentes públicos em eventos políticos.
A defesa do ex-presidente Bolsonaro foi procurada para se pronunciar a respeito da delação feita por Mauro Cid, porém até o momento não houve manifestação. Por outro lado, os advogados do político divulgaram uma nota recentemente, qualificando a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) como "precaria e incoerente", e ressaltando que não foram apresentadas provas que o conectem aos delitos mencionados na acusação. Diante das revelações feitas por Cid, é esperado que haja uma movimentação por parte da defesa de Bolsonaro para contestar tanto a delação quanto a denúncia da PGR.
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