OMS defende acesso seguro ao aborto
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A OMS (Organização Mundial da Saúde) manifestou-se em defesa do acesso seguro ao aborto para garantir a saúde das mulheres e evitar fatalidades. A entidade destacou que o aborto inseguro e ilegal é a maior causa de mortalidade e pode ser prevenido.
A declaração ocorre em meio à aprovação, pela Câmara dos Deputados, do projeto de lei 1904/24, que impõe penas severas para abortos realizados após as 22 semanas de gestação em casos de estupro. Médicos e gestantes seriam punidos, podendo receber penas até superiores às do estuprador.
Nos últimos dias, diversos órgãos das Nações Unidas têm se pronunciado de forma contundente contra a proposta, e agora é a vez da OMS se manifestar. A entidade ressalta que o aborto ilegal resulta em complicações físicas e mentais, além de gerar implicações financeiras para as mulheres e a comunidade em geral.
A OMS estima que ocorram 73 milhões de abortos induzidos por ano no mundo. Segundo a organização, seis em cada dez gravidezes indesejadas e três em cada dez gravidezes em geral terminam em abortos induzidos. Portanto, a falta de acesso a métodos seguros de aborto pode causar complicações, hemorragias, infecções e danos à saúde das mulheres.
Diante disso, a OMS defende a realização de abortos seguros em todo lugar e reforça que não deve haver obstáculos legais para o acesso a esse procedimento. A entidade enfatiza que o aborto inseguro resulta em complicações e mortes de jovens.