Oposição quer impeachment de Tarcísio por fala sobre PCC nas eleições

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Deputados estaduais aliados do político Guilherme Boulos entraram com um pedido de impeachment contra o governador Tarcísio de Freitas na Assembleia Legislativa de São Paulo. A ação foi protocolada nesta quarta-feira por líderes das federações PT/PCdoB/PV e PSOL/Rede. O motivo do pedido é uma declaração controversa feita pelo governador no dia da eleição municipal, na qual afirmou, sem apresentar provas, que o Primeiro Comando da Capital (PCC) teria orientado votos para Boulos contra seu oponente Ricardo Nunes.
O documento, assinado pelos deputados Paulo Fiorilo (PT) e Carlos Giannazi (PSOL), ressalta a gravidade da situação e alega que Tarcísio cometeu crime de responsabilidade ao fazer a declaração. A Assembleia de São Paulo tem o histórico de arquivar pedidos de impeachment, entretanto, a intenção dos deputados é pressionar politicamente o governo com essa medida.
A polêmica declaração do governador foi feita no dia da votação do segundo turno da eleição municipal, enquanto ainda estavam ocorrendo os votos. Boulos, após sua derrota, citou a fala de Tarcísio e alegou crime eleitoral, já tendo acionado a Justiça nesse sentido. Os deputados afirmam que houve uma agressão à democracia e mencionam possíveis violações de leis relacionadas a abuso de autoridade e crime de responsabilidade.
Especialistas apontam que a declaração do governador Tarcísio de Freitas pode resultar em condenação por abuso de poder político, levando-o a ficar inelegível por oito anos. Além disso, a vitória de Ricardo Nunes nas eleições municipais de São Paulo pode ser questionada judicialmente e sua diplomação como prefeito reeleito pode ser cassada. A repercussão do caso levou a equipe de Boulos a entrar com duas ações na Justiça Eleitoral e seus aliados na Assembleia a solicitar o impeachment do governador.
Apesar de a chance de um impeachment prosperar ser remota devido à maioria do governador na Casa, o pedido dos deputados objetiva explorar politicamente a situação. O presidente da Assembleia, aliado de Tarcísio de Freitas, será responsável por encaminhar a solicitação para as devidas providências após a análise do pedido protocolado de forma digital.
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