PEC que reduz jornada 6x1 ganha apoio do PT e resistência da direita
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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca extinguir a jornada de trabalho 6x1 ganhou um reforço significativo do PT seis meses após ser apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP). Dos 68 deputados do PT, 40 já assinaram o texto até domingo (10), antes do líder do governo, José Guimarães (PT-CE), declarar seu apoio à PEC. A resistência à proposta ainda permanece entre os parlamentares de direita.
Partidos, como PCdoB, PDT e PSOL, estão entre os que mais se mobilizaram a favor da PEC, considerando-a como uma forma de reconexão com a base. Por outro lado, no PSB, apenas dois parlamentares assinaram o documento, demonstrando uma adesão mais tímida. Entre os partidos de oposição, há poucos apoios, como no caso do PL, em que somente um deputado assinou a proposta.
A PEC já conta com mais de 1,6 milhão de assinaturas em uma petição online, demonstrando o interesse da população na redução da jornada de trabalho. O texto, lançado por Rick Azevedo (PSOL-RJ), vereador recém-eleito no Rio de Janeiro, tem sido impulsionado tanto nas redes sociais quanto nas ruas, com ações de panfletagem promovidas pelo movimento VAT (Vida Além do Trabalho).
Segundo a deputada Erika Hilton, é esperado que a PEC alcance as 171 assinaturas necessárias para avançar ainda nesta semana. Ela acredita que a direita terá dificuldades em se opor à proposta, uma vez que se posiciona como defensora da classe trabalhadora. Para a deputada, a discussão sobre a redução da jornada de trabalho é de fácil compreensão para os trabalhadores, que serão impactados positivamente pela medida.
Caso a PEC vá à votação, será necessária a aprovação de 308 votos na Câmara. Já no Senado, o texto precisará do aval de 49 senadores. Erika Hilton destaca que, se aprovada, a nova regra entraria em vigor em até 360 dias, mantendo os salários dos trabalhadores sem alterações. A redução da jornada de trabalho é vista como uma importante medida para garantir melhor qualidade de vida aos trabalhadores e permitir-lhes mais tempo para estudo, qualificação profissional, descanso e lazer.