Polêmica sobre eleições faz The Washington Post perder mais de 200 mil assinantes
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O jornal The Washington Post enfrenta críticas e uma significativa queda no número de assinantes após a decisão de não apoiar nenhum candidato à presidência dos Estados Unidos. Mais de 200 mil pessoas cancelaram sua assinatura desde o anúncio feito na última sexta-feira, segundo informações de uma fonte interna. A emissora pública NPR divulgou o número nesta segunda-feira, citando fontes dentro do jornal.
A equipe editorial do Post havia preparado um endosso para a candidata democrata Kamala Harris, mas optou por deixar a decisão nas mãos dos leitores. A escolha de não endossar nenhum candidato presidencial tão perto das eleições gerou reações intensas, tanto dentro da redação quanto externamente. Alguns especularam que o proprietário do jornal, o bilionário Jeff Bezos, também dono da Amazon, estivesse tentando agradar o ex-presidente Donald Trump.
Com mais de 2,5 milhões de assinantes no ano passado, a maioria deles digitais, o Washington Post ocupava o terceiro lugar em circulação, atrás do The New York Times e do Wall Street Journal. A decisão recente provocou críticas de ex-diretores do Post, jornalistas renomados como Bob Woodward e Carl Bernstein, além de causar a saída de membros do conselho editorial.
Jeff Bezos defendeu a escolha do jornal em uma declaração, afirmando que a decisão foi baseada em princípios e não em interesses pessoais. Ele argumentou que, dada a atual desconfiança na mídia, era necessário evitar qualquer percepção de partidarismo. Além disso, Bezos negou que uma reunião, realizada no dia do anúncio, entre o CEO da Blue Origin (sua empresa de naves espaciais) e Trump, tenha influenciado a decisão.
(CEO da Amazon, Jeff Bezos, fundador do empreendimento espacial Blue Origin e proprietário do The Washington Post) Foto: Alex Wong/Getty Images
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