Selic é elevada para 10,75% ao ano devido ao crescimento da economia brasileira
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O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, na semana passada, elevar a taxa básica de juros para 10,75% ao ano, justificando a medida pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a melhoria do mercado de trabalho. Esses indicadores resultaram na reavaliação do hiato do produto para o campo positivo, o que pode gerar novas altas da Selic para controlar a inflação.
Na análise divulgada pelo Copom nesta terça-feira (24), foi destacado que a economia brasileira vem apresentando um dinamismo maior do que o esperado, o que torna o cenário "desafiador". A atividade econômica acima do potencial, em conjunto com a baixa taxa de desemprego e o crescimento do PIB, preocupa os diretores do Copom, uma vez que pode dificultar a convergência da inflação para a meta estabelecida.
De acordo com especialistas, o hiato do produto positivo aponta que o ritmo atual de crescimento da economia está acima do seu limite sem gerar inflação. Esse cenário preocupa o Banco Central (BC), pois a procura por bens e serviços está próxima do seu máximo, o que pode ocasionar um aumento generalizado dos preços. A demanda aquecida em setores como o de serviços e o varejo, somada a questões como o descolamento da inflação e eventos climáticos, contribuem para a expectativa de novas altas da taxa de juros básica.
Diante desse contexto, o mercado financeiro projeta mais duas altas da Selic ainda em 2024, elevando a taxa para 11,75% ao ano em janeiro. Os próximos passos do BC em relação à taxa básica de juros dependerão da resposta da economia ao último aumento e serão determinados pelo compromisso com a convergência da inflação à meta estabelecida. Especialistas acreditam que a economia aquecida terá um papel crucial nas futuras decisões sobre a Selic, prevendo que a taxa possa atingir 12% ao ano no início de 2025.
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