Silvinei Vasques alega câncer cerebral em carta apreendida durante prisão no Paraguai

Durante a prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, uma carta em espanhol foi encontrada com ele, na qual alegava não poder se comunicar verbalmente devido a um câncer no cérebro. O documento apresentado às autoridades aeroportuárias do Paraguai descreve um quadro de saúde grave, indicando que Silvinei foi diagnosticado com glioblastoma multiforme grau IV, uma forma agressiva de câncer cerebral.

Na carta, o ex-diretor da PRF solicitava que qualquer comunicação com ele fosse feita por escrito, afirmando que não podia falar nem ouvir devido à condição médica. Apesar das limitações de comunicação, Silvinei afirmou estar consciente e em condições clínicas de realizar uma viagem para um novo tratamento médico. Ele mencionou ter realizado radioterapia e quimioterapia em Foz do Iguaçu, em dezembro de 2025, e estar a caminho de um procedimento de radiocirurgia, que poderia contribuir para prolongar sua vida, de acordo com indicação médica.

A carta indicava que Silvinei estava viajando de Assunção, no Paraguai, para San Salvador, em El Salvador, por meio de um voo da COPA Airlines. No entanto, a data de retorno ainda não estava definida, pois dependeria de exames médicos complementares e de uma eventual internação hospitalar. A polícia paraguaia informou que o ex-diretor da PRF foi detido no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Luque, por tentar embarcar em um voo para o Panamá, após ter rompido a tornozeleira eletrônica que utilizava em Santa Catarina.

De acordo com o jornal paraguaio, durante a abordagem no aeroporto, Silvinei teria mencionado ter uma doença terminal ao ser questionado sobre uma foto do passaporte. A história de Vasques ganhou destaque devido à complexidade de sua situação médica e às circunstâncias de sua prisão no Paraguai. A carta apreendida com o ex-diretor da PRF revelou detalhes sobre seu estado de saúde e os trâmites relacionados à sua viagem para um tratamento médico em El Salvador. A polícia paraguaia continua conduzindo investigações sobre o caso.