STF recebe inquérito da justiça militar sobre coronéis que pediram golpe
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A Justiça Militar tomou a decisão de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação contra quatro coronéis suspeitos de redigirem uma carta que solicitava ao então comandante do Exército, o general Freire Gomes, a adesão a um golpe de Estado. O documento intitulado "Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro", divulgado em novembro de 2022, contou com a assinatura de 37 militares e recebeu destaque ao ser entregue ao tenente-coronel Mauro Cid, que nesse momento era ajudante de ordens do presidente da época, Jair Bolsonaro (PL).
As críticas do texto incluíam questionamentos à postura do Poder Judiciário durante o processo eleitoral, enfatizando a importância dos militares em manter a legalidade. Os oficiais alertaram para a insegurança jurídica e a instabilidade política e social do país, demonstrando vigilância em relação aos acontecimentos. Um levantamento interno do Exército identificou a participação de 12 coronéis, nove tenentes-coronéis, um major, três tenentes e um sargento na elaboração da carta, indicando a gravidade e abrangência do caso.
A carta enviada ao comandante do Exército repercutiu no cenário político e militar do Brasil, evidenciando tensões e divergências de opinião dentro das Forças Armadas. A repercussão do documento, que teve ampla circulação entre oficiais, colocou em xeque a lealdade institucional e a submissão das Forças Armadas aos princípios democráticos. Com a instauração da investigação pelo STF, a apuração tende a aprofundar as análises sobre o papel das instituições e a conduta dos envolvidos no episódio.
A expectativa é de que a apuração conduzida pelo STF contribua para fortalecer a defesa da democracia e a preservação das instituições nacionais frente a eventuais tentativas de desestabilização.
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