STF retoma julgamento que define se Bolsonaro e aliados serão réus por trama golpista

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta quarta-feira (26) a continuação do julgamento que definirá se o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados se tornarão réus por tentativa de golpe de Estado em 2022. No primeiro dia de sessão, o relator Alexandre de Moraes apresentou o relatório do processo, detalhando as condutas dos acusados e os atos realizados até o momento no inquérito, como a divulgação das informações de Mauro Cid. A defesa questionou a realização do julgamento, e no final da leitura do relatório, interrupções ocorreram devido a gritos vindos de fora do plenário, resultando na detenção temporária do ex-desembargador Sebastião Coelho.
Durante a sessão, a Procuradoria-Geral da República fez sua sustentação oral, com o procurador-geral Paulo Gonet apresentando os argumentos em 30 minutos. O debate se concentrou, em parte, na validade da colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, central na denúncia da PGR. As defesas alegaram inconsistências e omissões por parte de Cid, além de problemas na condução da colaboração. O ministro Luiz Fux discordou em relação ao foro adequado para o processo, considerando que o Supremo não seria o ambiente apropriado para o caso.
A expectativa é que a denúncia seja admitida de forma unânime pelo relator Alexandre de Moraes e pelos demais integrantes do colegiado: Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux. Os ministros agora votarão sobre a força da denúncia, analisando se há indícios que justifiquem a abertura de um processo penal contra cada um dos acusados. Até o momento, não houve posicionamento oficial dos ministros sobre o mérito da acusação. Bolsonaro foi o único dos denunciados presente no julgamento, sentando-se na primeira fila do plenário.
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