Moradores de vila de antepassados de Kamala na Índia rezam e enviam mensagens à candidata

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Nova Delhi, 5 nov (EFE).- Moradores e visitantes demonstraram apoio à vice-presidente dos Estados Unidos e candidata pelo Partido Democrata à Casa Branca, Kamala Harris, no vilarejo de Thulasendhrapuram, no sul da Índia, de onde são originários alguns de seus antepassados, com cartazes, mensagens escritas no chão e orações.
“Saudações aos EUA e boa sorte para Kamala Harris”, dizia uma mensagem escrita no chão, no idioma tâmil, mas em alfabeto latino, ao lado de uma casa nesse pequeno vilarejo no estado de Tamil Nadu, no sul do país, 320 quilômetros ao sul da cidade de Chennai.
Thulasendhrapuram tem apenas 300 habitantes, que comemoraram a eleição da candidata como vice-presidente em 2021 e sua entrada na campanha presidencial em julho, após a desistência do atual presidente americano, Joe Biden, de concorrer à reeleição.
O presidente dos EUA também foi destaque em alguns dos pôsteres pendurados em janelas e paredes da cidade.
Além disso, como noticiou o canal de televisão indiano NDTV, em um templo hindu local, vários moradores e cidadãos de origem americana fizeram orações e cerimônias em apoio a Kamala, que pode se tornar a primeira mulher presidente dos EUA.
A candidata também pode se tornar a primeira mulher negra e asiático-americana a chegar à Casa Branca se derrotar seu rival, o ex-presidente e candidato pelo Partido Republicano, Donald Trump.
Espera-se que o resultado da eleição americana seja particularmente apertado.
Kamala sempre enfatizou suas raízes indianas. Ela é filha de Shyamala Gopalan, uma pesquisadora nascida no estado indiano de Tamil Nadu que se mudou para os EUA em 1958. Lá, ela se casou com o professor de economia Donald Harris, que é jamaicano.
Como Kamala explicou em sua autobiografia “As Verdades que nos Movem” (2019), os pais de Gopalan vieram de Thulasendhrapuram. A vice-presidente dos EUA relembrou suas visitas regulares à Índia com sua mãe e, de acordo com o jornal The Hindu, visitou o estado do sul para espalhar suas cinzas após a morte dela em 2009.
“Minha mãe, meus avós, tias e tios nos incutiram o orgulho de nossas raízes sul-asiáticas”, lembrou Kamala em sua autobiografia, logo depois de afirmar que sua mãe “escolheu e foi bem recebida e abraçada pela comunidade negra” ao chegar aos EUA.
“Minha mãe entendeu muito bem que estava criando duas filhas negras”, acrescentou Kamala.
Trump, que é próximo ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, também recebeu apoio público no país, onde foram feitas orações em sua homenagem ao lado de imagens suas em várias cidades, geralmente de maioria hindu. EFE
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