4 dos casais de amantes mais influentes da aristocracia britânica
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As histórias da monarquia britânica são fascinantes mesmo para quem não tem nenhuma relação com o assunto. Pois há um assunto dentro deste universo que talvez você não conheça ainda: os amantes que tiveram mais influência nos rumos tomados pelas eras monárquicas.
Vejamos então 4 casais da realeza que tiveram bastante importância política no seu tempo.
1. Piers Gaveston e Eduardo II
(Fonte: English Heritage)
Piers Gaveston, o chamado Conde da Cornualha, conheceu Eduardo, então príncipe de Gales, em 1300. Aparentemente, eles gostaram um do outro e fizeram um pacto de amor indissolúvel.
Ainda assim, não há evidências definitivas que a relação deles fosse sexual, mas ambos eram devotados um ao outro. Piers Gaveston era humilde e arrogante, e aspirava títulos de nobreza. Eduardo então criou o título de Conde da Cornualha para ele e lhe deu terras. Além disso, convenceu sua sobrinha, Margaret de Clare, a se casar com ele.
O rei Eduardo I, pai do príncipe, expulsou Gaveston da Inglaterra três vezes entre 1307 e 1311, mas ele sempre acabava retornando. Por fim, durante uma viagem de Eduardo II com sua esposa, Piers Gaveston acabou sendo preso, submetido a um julgamento forjado e executado por ordem do Conde de Warwick.
Eduardo II nunca se recuperou da perda e começou a planejar uma vingança contra os poderosos. Nos dez anos seguintes, ele aproveitaria para punir todos os responsáveis, direta ou indiretamente, pela morte de seu amigo favorito.
2. Alice Perrers e Eduardo III
(Fonte: Tumblr)
Já o filho de Eduardo II também teve uma história importante, mas com uma mulher chamada Alice Perrers. Alice era viúva do joalheiro do rei, e participava da corte da rainha quando conheceu Eduardo III. Eles começaram a ter um caso quando ela tinha 18 anos e ele 55.
Não se sabe de outras amantes de Eduardo III — em parte, em respeito à sua esposa Filipa de Hainault, que era muito doente. Quando Filipa morreu, em 1369, o caso entre os dois se tornou cada vez mais evidente.
Nos oito anos seguintes, enquanto o rei aos poucos envelhecia e perdia a saúde mental, Alice Perrers ia ganhando mais presentes e ficando cada vez mais rica, a ponto de ser considerada a mulher mais poderosa da Inglaterra. Ela se tornou uma espécie de empresária independente, e se casou em 1375, sem que o rei soubesse.
O que a história conta é que Alice tirava proveito da saúde mental debilitada do rei idoso. A imprensa a ridicularizava como uma "meretriz sem vergonha e insolente".
Ela ficou ao lado do rei até a morte dele, em 1377. No entanto, Alice foi apontada como uma das razões pelas más decisões de governo de Eduardo II e de atropelar o poder de seu conselho.
3. Ana Bolena e Henrique VIII
(Fonte: Aventuras na História)
A trágica história de Ana Bolena já foi contada muitas vezes na literatura e na música. Ela chamou a atenção do rei Henrique VIII em 1526, que já era casado, mas também bastante infiel (inclusive, tinha uma filha ilegítima com a irmã de sua esposa).
Henrique era casado com Catarina de Aragão, que era viúva do seu irmão. Pela fé católica, não poderia se desquitar para casar com Ana. Mas ele encontrou um subterfúgio: decidiu que tinha direito a uma nova esposa porque a primeira não tinha lhe dado um filho homem. Assim, Henrique conseguiu anular o casamento com Catarina e casar-se com Ana.
A decisão do rei, no entanto, teve forte influência nos rumos políticos da Inglaterra. Ela foi um catalisador da Reforma Protestante, enfraquecendo a Igreja Católica. Mas mesmo assim, o casamento entre Henrique e Ana Bolena durou pouco: três anos depois, ela foi acusada de traição pelo marido e acabou executada.
4. Robert Dudley e Elizabeth I
(Fonte: Medium)
Elizabeth I é uma das figuras mais importantes da monarquia britânica. Ela ficou conhecida como a "rainha virgem", por nunca ter se casado — o que não significa que não teve amantes.
O homem mais próximo dela foi Robert Dudley, que ela conheceu ainda jovem. Com sua subida ao trono, Dudley se tornou seu conselheiro mais íntimo. Em certa época, ela parecia depender dele para tomar qualquer decisão.
No entanto, Dudley já era casado desde 1550. Sua esposa Amy morreu em circunstâncias suspeitas em 1560. A partir daí, Robert Dudley tentou convencê-la a se casar com ele, mas Elizabeth era politicamente muito esperta: ela temia que casar-se significasse arriscar seu trono. Por isso, nunca aceitou o pedido.
Mesmo que não haja indícios precisos de que eles tenham sido amantes, o fato é que permaneceram muito próximos até a morte de Dudley, em 1588. Muitos acreditavam que sir Dudley tenha sido o grande amor da rainha, já que ela conservou a última carta que recebeu dele ao lado de sua cama até ela mesma morrer, em 1603.