5 tecnologias antigas que são impossíveis de reproduzir
Mega Curioso
Nós costumamos associar a palavra tecnologia às invenções modernas , como os celulares e a internet. Mas a verdade é que todas as ferramentas inventadas pelos seres humanos, desde o início da história, são tipos diferentes de tecnologia e as invenções modernas só existem hoje porque outras ferramentas foram inventadas lá atrás.
Pensando por esse lado, muitas tecnologias podem ser mais interessantes do que as atuais. Mais curioso ainda é descobrir que algumas delas sobrevivem apenas nos relatos e registros, sendo impossíveis de recriar. Isso mesmo: ainda que o mundo moderno possua todo tipo de aparato tecnológico, ninguém conseguiu refazer as técnicas e ferramentas dessa lista.
1. Máquina de Anticítera
Imagem: Wikimedia Commons
Já vamos começar a lista com uma das tecnologias antigas que mais intrigou os pesquisadores — e que já foi assunto aqui no Mega, lá no longínquo ano de 2013 .
Resumindo a história, peças da tal máquina foram descobertas em um naufrágio no início do século XX. Por muito tempo, ninguém entendeu o que eram aquelas peças... Até que cientistas montaram o quebra-cabeça (ha-ha!) e entenderam que a Máquina de Anticítera foi o primeiro computador analógico da humanidade. Com mais de 30 engrenagens, trata-se de um relógio bastante complexo, que era usado para prever as posições dos astros com precisão.
O mais impressionante é que esse dispositivo é do século I a.C., muito antes de qualquer coisa parecida ser inventada. Hoje em dia podemos ver as posições dos astros no nosso celular — mas a Máquina de Anticítera continua impressionante.
2. Violinos Stradivarius
Imagem: Wikimedia Commons
Durante sua vida, o luthier italiano Antonio Stradivari fabricou pouco mais de mil violinos, dos quais cerca de 600 ainda estão em circulação. Cada um deles vale milhões , afinal muita gente acredita que o som deles é inigualável. Há quem discorde disso e diga que é só fama... Mas como eu não entendo patavinas de música clássica, não vou opinar nessa parte.
O negócio é que os violinos Stradivarius realmente criam um som diferente e até estimularam cientistas a estudá-los para descobrir qual é o segredo. Alguns estudos demonstraram que a madeira utilizada era mais grossa que a normal e, em 2021, uma pesquisa descobriu que essa madeira era tratada com produtos químicos. Quem sabe, depois disso, alguém consiga recriar essa tecnologia.
3. Fogo grego
Imagem: Wikimedia Commons
Lembra do fogo selvagem verde de Game of Thrones, que queimava incontrolavelmente e era quase impossível de combater? O autor, George R.R. Martin, provavelmente se inspirou no fogo grego para colocar esse detalhe em suas histórias. A arma era usada pelo Império Bizantino na Idade Média, com registros entre os anos 600 e 1300.
Nessa época, os navios bizantinos contavam com canos, que disparavam uma substância com a consistência de um gel, mas incandescente. O fogo grego deixou de ser usado em batalhas com a decadência do Império Bizantino e sua receita nunca foi recuperada — de modo que é impossível qualquer exército reproduzir essa arma. Porém, pelos relatos e registros, acredita-se que o efeito da arma era semelhante ao das bombas napalm, usadas na Guerra do Vietnã.
4. Aço de Damasco
Imagem: Wikimedia Commons
Ainda no clima de Game of Thrones, você se lembra das espadas imbatíveis de aço valiriano? Então, elas são inspiradas no lendário aço de Damasco, capital da Síria.
As armas feitas com essa técnica eram as mais poderosas da época e conhecidas por suas lâminas extremamente cortantes. Porém, o exato método de fabricação era extremamente secreto e acabou se perdendo por volta do século XIX. Desde então, vários especialistas tentam reproduzir o lendário Aço de Damasco, embora ninguém tenha acertado a técnica exata, nem os mesmos resultados.
5. Campainha de Oxford
Imagem: BBC/Reprodução
Ninguém consegue recriar a Campainha de Oxford porque ninguém sabe como ela funciona e do que ela feita — e não dá para descobrir isso porque ela continua tocando desde 1840, sem que ninguém tenha coragem de pará-la. Isso que ela funciona a pilha! Sim, há pilhas dentro do dispositivo que funcionam há quase dois séculos e ninguém sabe como.
O que se sabe é que não há nenhum mecanismo de movimento perpétuo na Campainha de Oxford. Em algum momento ela vai parar, quando as cargas das duas pilhas se igualarem. Mas até isso acontecer, não dá para mexer no dispositivo e correr o risco de estragá-lo.