6 fatos sobre o babirussa, o mamífero empalado pelo próprio dente
Mega Curioso
Você faz ideia do que é um babirussa? Criaturas endêmicas da Indonésia, podendo ser encontradas nas ilhas Sula e em Buru, esses mamíferos possuem uma aparência verdadeiramente pré-histórica e são bichinhos extremamente curiosos. Eles fazem parte da família suína, o que os torna parente dos porcos e javalis.
Os babirussas são tão antigos que já foram retratados em desenhos rupestres com mais de 35 mil anos. Por viver em uma área muito limitada, essa espécie está ameaçada de extinção e matá-los é ilegal na Indonésia — apesar da caça furtiva continuar sendo uma ameaça. Veja só seis fatos incrivelmente interessantes sobre os babirussas!
1. Presas afiadas
(Fonte: Wikimedia Commons)
Os babirussas machos possuem dois conjuntos de presas impressionantes em sua anatomia. Esses dentes se curvam sobre a sua cabeça e entre os seus olhos, terminando com uma ponta extremamente afiada. Inclusive, essas são suas principais armas para se defender e mostrar dominância contra outro macho.
Entretanto, o maior ataque do babirussa também é sua maior falha. Conforme esse suíno vai envelhecendo, seus dentes tornam-se grandes o suficiente para perfurar o céu da boca e sair pelo topo do focinho. Além disso, a curvatura das presas pode fazer com que eles perfurem seus próprios crânios — gerando uma morte muito dolorosa.
2. Diferentes espécies
(Fonte: Wikimedia Commons)
Até onde a biologia conhece, existem três espécies diferentes de babirussas conhecidas atualmente: Babyrousa babyrussa, Babyrousa celebensis e Babyrousa togeanensis. Porém, em certo ponto da história, todas essas criaturas foram consideradas parte de uma única espécie.
As mudanças foram propostas com base em onde essas criaturas vivem e pequenas diferenças na aparência. Recentemente, pesquisadores estão sugerindo que uma quarta espécie pode ter surgido: Babyrousa bolabatuensis. No entanto, ainda não houve um consenso se esses animais são suficientemente distintos para serem considerados separados.
3. Vivência em grupo
(Fonte: Wikimedia Commons)
Os babirussas machos são animais solitários e geralmente só encontram outros indivíduos para procriar ou lutar. As fêmeas, por outro lado, gostam de viver em pequenos grupos de três ou quatro indivíduos — além de seus filhotes. Porém, filhotes machos tendem a deixar o grupo assim que conseguem se defender sozinhos.
Para o funcionamento do sistema de rebanho, os babirussas se comunicam através de uma série de grunhidos e gemidos. Dessa forma, eles conseguem alertar aos outros indivíduos sobre onde obter comida ou algum tipo de perigo iminente.
4. Semelhança com os porcos
(Fonte: Wikimedia Commons)
Os babirussas não só são parentes dos porcos , como seus órgãos internos também compartilham algumas das mesmas funções. Por exemplo, o sistema digestivo dessas duas criaturas consegue operar para absorver o máximo de nutrientes da dieta diversa que desenvolveram ao longo do tempo.
Porém, ao contrário dos porcos, os babirussas cavam o solo para encontrar comida. Esse animal selvagem não possui o chamado "osso rostral", uma estrutura óssea que torna o focinho rígido e estável. Sem esse osso, fica complicado farejar qualquer coisa debaixo da sujeira sólida.
5. Dieta incomum
(Fonte: Wikimedia Commons)
Conforme andam pela Indonésia , os babirussas podem ser vistos se alimentando de itens esquisitos, como grandes pedaços de terra e pedras. Embora ninguém saiba exatamente a função desse comportamento, acredita-se que comer esses materiais poderia fornecer os minerais que faltam na dieta dessas criaturas.
6. Presente indonésio
(Fonte: Wikimedia Commons)
Conforme observado pelos biólogos, o habitat dos babirussas é marcado nas pequenas ilhas da Indonésia, que ficam entre as ilhas maiores. O motivo dessa distribuição incomum da espécie, no entanto, é ainda mais inusitado. No passado, era normal que os ilhéus se presenteassem com babirussas.
Por conta dessa tradição, esses animais eram libertados em seus novos lares e rapidamente se reproduziam. Como consequência, as populações cresceram justamente nas pequenas ilhas.