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Ching Shih: a pirata mais poderosa da história
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Ching Shih: a pirata mais poderosa da história

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Mega Curioso
03/07/2022 15h00
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Durante um período de três anos, o mar do sul da China foi aterrorizado por uma mulher chamada Ching Shih. Ela comandou uma frota de 1.800 navios com aproximadamente 70.000 piratas . Além disso, derrotou forças marítimas de diversos países, comandou o saque em cidades costeiras e pilhou navios mercantes.

As marinhas imperiais chinesas, britânicas e portuguesas não conseguiram derrotá-la e seu domínio só chegou ao fim quando ela mesma decidiu aceitar um perdão oficial. Conheça um pouco mais da história da pirata mais poderosa de todos os tempos.

Leia também: 6 fatos para desmistificar os piratas

Confederação Pirata de Zheng Yi

Gravura de 1800 que retrata Ching Shih em batalha. (Fonte: Wikimedia Commons)Gravura de 1800 que retrata Ching Shih em batalha. (Fonte: Wikimedia Commons)

Antes de Ching Shih entrar para o mundo da pirataria , ela trabalhou como prostituta em Cantão, até se casar com Zheng Yi em 1801. Ele foi líder de uma grande confederação de piratas, com uma força de 600 navios e cerca de 40.000 homens. Sua equipe era dividida em seis grupos, cada uma liderada por um comandante independente que atuava em uma área. 

Sua principal atuação envolvia o ataque a navios mercantes, para saquear cargas que incluíam bens preciosos como ouro, prata, rolos de seda, especiarias, porcelana chinesa, chá e algodão. Ele se manteve como um dos principais piratas chineses até novembro de 1807, quando morreu.

Com sua morte, os outros cinco capitães piratas tiveram que decidir o sucessor e escolheram a viúva de Zheng Yi, Ching Shih. Não se sabe ao certo se a escolha foi unânime, mas Chang Pao, um dos capitães, certamente teve papel fundamental na decisão. Ele era amante de Zheng Yi — relacionamento comum entre piratas chineses —, mas também manteve um relacionamento com Ching Shih, com quem se casou tempos depois.

Ampliando o domínio

Uma fotografia de juncos em Cantão por volta de 1880. (Fonte: Wikimedia Commons)Uma fotografia de juncos em Cantão por volta de 1880. (Fonte: Wikimedia Commons)

Nos anos que se seguiram, a frota de Ching Shih cresceu, e durante seu ápice pode ter chegado a 1.800 juncos — um tipo de navio chinês — com frota de cerca de 70.000 piratas. Com tamanho poder, ela podia fazer frente à marinha de diversos impérios. Sua tripulação costumava ser ampliada durante os saques: as pessoas que se recusassem a entrar para a equipe eram decapitadas.

Quando realizava saques em navios mercantes, a tripulação que não oferecesse resistência era poupada, enquanto os que decidissem enfrentá-la eram torturados e mortos. Quando havia pessoas importantes nos navios, elas eram feitas prisioneiras para conseguir uma recompensa pelo resgate.

A rendição

Uma pintura da cidade de Cantão por volta de 1800, onde Ching Shih viveu antes de se tornar uma pirata. (Fonte: Wikimedia Commons)Uma pintura da cidade de Cantão por volta de 1800, onde Ching Shih viveu antes de se tornar uma pirata. (Fonte: Wikimedia Commons)

Ching Shih se tornou vítima de seu próprio sucesso. Depois de três anos de saques e vitórias sobre as autoridades chinesas, o exército decidiu ampliar suas forças. Além disso, começou a se tornar cada vez mais difícil manter o controle da confederação de piratas.

O líder de um dos grupos, Kuo P'o-Tai, não gostava dos privilégios de Chang Pao, chegando a recusar ajudar Pao em uma batalha contra uma frota combinada chinesa e portuguesa em Lantao (perto de Hong Kong). Depois disso, sabendo que seria punido pela traição, ele se rendeu às autoridades em janeiro de 1810, ganhando perdão e emprego como caçador de piratas. 

Nos meses seguintes, outros piratas começaram a abandonar Ching Shih e em 1810 decidiu encerrar seus dias de crime. No dia 18 de abril, ela partiu junto a sua frota de 260 juncos, com todas as bandeiras hasteadas, para o porto de Cantão, exigindo perdão.

Entre os termos da rendição estavam: os piratas poderiam manter sua pilhagem, mas tiveram que desistir da maioria de seus navios e armas. Chang Pao foi autorizado a manter 20 de seus juncos e feito um mandarim naval. Muitos dos piratas foram recrutados para a Marinha Imperial Chinesa se assim o desejassem. Enquanto isso, Ching Shih mudou-se para Cantão antes de se mudar com Chang Pao para Fukien; eles tiveram um filho juntos. Dentre as diversas representações da sua imagem, uma das mais recentes é a da Madame Ching, em Piratas do Caribe: No Fim do Mundo (2007).

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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