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Como funcionam as eleições da Academia Brasileira de Letras?
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Como funcionam as eleições da Academia Brasileira de Letras?

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Mega Curioso
05/11/2021 20h00
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A Academia Brasileira de Letras (ABL) é uma instituição cultural cujo objetivo é cultivar a língua e a cultura nacional. Ela dispõe de 40 membros efetivos e perpétuos e 20 correspondentes estrangeiros que se reúnem semanalmente para definir atividades que contribuam para o propósito de sua existência.

Qualquer pessoa com interesse pode preencher uma cadeira na academia. Para se inscrever, é preciso enviar uma carta ao então presidente da casa se declarando candidato à sucessão e evidenciando os motivos pelos quais é digno de tal posição. 

No entanto, há pré-requisitos para isso. Conforme o artigo 2° do estatuto da ABL, "só podem ser membros efetivos da academia os brasileiros que tenham, em qualquer dos gêneros de literatura , publicado obras de reconhecido mérito ou, fora desses gêneros, livro de valor literário". Apesar de, em um primeiro momento, parecer fácil, ocupar uma das cadeiras é desafiador. 

Diversas pessoas de renome não conseguiram, como é o caso de Monteiro Lobato , escritor infantojuvenil que tentou 2 vezes. Primeiro em 1922, quando perdeu para Eduardo Ramos, e depois em 1926, quando Adelmar Tavares entrou em seu lugar. Ambos eram juristas.

Sede da Academia Brasileira de Letras no Rio de Janeiro. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)Sede da Academia Brasileira de Letras no Rio de Janeiro. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)

Cadeiras disponíveis para novos “imortais”

A ABL sempre vira motivo de notícias quando um dos membros morre, porque esse é o único meio de abrir espaço para novos integrantes. A cadeira é declarada vaga na Sessão de Saudade, um evento memorial destinado ao prestígio do “imortal” que se foi e ceder lugar a outro nome.

Depois de realizada a cerimônia, os interessados em ser associados da ABL têm 1 mês para se candidatar. A votação é feita 3 meses após a anunciação da cadeira livre.

Atualmente, há 5 vagas disponíveis e 15 candidatos estão na disputa por elas. Os perfis deles são diversos: advogado, cantor, médico, ator, representante indígena e economista.

Requisitos e eleição

A escolha dos novos aspirantes leva em consideração vários aspectos, como o conhecimento dele em diferentes áreas ou saber conviver de forma amena com as pessoas. O poeta e membro da ABL Antônio Carlos Secchin afirma que "não há receita infalível", mas é importante que o interessado disponha de algum convívio prévio com os acadêmicos.

A mais recente eleição iniciou em 4 de novembro de 2021 e será encerrada no dia 25 do mesmo mês. Para fazer parte dos “imortais”, o aspirante deve receber metade dos votos mais um.

Se em alguma das sessões ninguém conquistar a maioria dos votos, então o pleito será finalizado, e uma nova fase de inscrição será aberta. Caso contrário, os votos serão conferidos, o nome proclamado e as cédulas queimadas.

Em dezembro, há outra eleição, esta para definir o novo presidente da instituição. O nome mais cotado para substituir Marco Lucchesi é o de Merval Pereira, jornalista que atualmente ocupa a cadeira número 31. Se assim acontecer, ele será o 47° dirigente da ABL.

Diploma de Membro Efetivo da Academia Brasileira de Letras do Sr. Félix Pacheco, de 1918. (Fonte: Levy Leiloeiro/Reprodução)Diploma de Membro Efetivo da Academia Brasileira de Letras do Sr. Félix Pacheco, de 1918. (Fonte: Levy Leiloeiro/Reprodução)

Benefícios de ocupar uma posição na ABL

Além de fazer parte da Academia Brasileira de Letras, ser intitulado “imortal” — nome que faz referência aos membros da ABL — e contribuir para o cultivo da língua e da literatura brasileira , os escolhidos recebem um salário fixo e um extra para participar das reuniões que acontecem nas terças-feiras e quintas-feiras.

Essas informações não são muito compartilhadas com o público externo, mas sabe-se que quem é membro da diretoria ganha um valor superior aos demais e que todos têm direito a um bom plano de saúde.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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