Como o DIU funciona e quais modelos existem?
Mega Curioso
O DIU é a sigla para Dispositivo Intrauterino. Assim, esse meio contraceptivo é colocado dentro do útero da mulher com o objetivo de impedir a fecundação. O DIU é um método anticoncepcional reversível, de longa duração, eles duram entre cinco a dez anos, e possuem alta eficácia.
Desde 2017, o Ministério da Saúde ampliou o acesso a esse dispositivo por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo mais uma opção para a mulher escolher. O médico ginecologista é o responsável pela colocação, que pode ser feita no consultório. O DIU pode ser hormonal ou não e o médico poderá indicar a melhor opção.
Por que optar pelo DIU?
O DIU é indicado para mulheres que não planejam ficar grávida, pelo menos, um ano após a colocação. Além disso, essa é uma alternativa para quem não gosta ou não lembra de tomar remédios diariamente, como é necessário no caso do anticoncepcional . Outro ponto é que com o anticoncepcional a mulher acaba ingerindo hormônio, o estrogênio, diariamente e isso pode ser tornar uma problema ao longo dos anos.
Vale lembrar que tanto o anticoncepcional quanto o DIU só atuam no impedimento contra a gravidez. Para a segurança contra doenças sexualmente transmissíveis, o uso da camisinha, feminina ou masculina, é indispensável. (Freepik/Reprodução)
O uso de algumas pílulas pode aumentar o risco de trombose venosa de três a seis vezes. Portanto, o DIU é mais seguro nesse sentido, pois ou a liberação de hormônio é apenas no local, no caso dos DIU com hormônio levonorgestrel, ou sem liberação de qualquer substância, no caso do DIU de cobre ou prata.
Os tipos do DIU
O DIU pode ser utilizado por mulheres que já tiveram ou não filhos. Há diferenças nos modelos e funções de cada tipo. O DIU de cobre ou de prata é uma pequena peça de polietileno revestido e é capaz de alterar as características do útero e do muco cervical, dificultando a passagem do espermatozoide.
Com a liberação de íons de cobre no útero, há uma ação inflamatória e citotóxica e o espermatozoide acaba morrendo. O DIU de cobre é o mais utilizado no Brasil, se chama TCu 380A, e pode ser encontrado no SUS e na rede privada. Como efeito colateral, é possível que a mulher tenha cólicas no período menstrual e aumento no fluxo.
Cerca de 44% das usuárias de DIU hormonal param de menstruar após seis meses de uso. (Fonte: Freepik/Reprodução)
A outra opção são os DIUs com hormônio levonorgestrel. Atualmente, existe o Mirena e o Kyleena, que estão disponíveis apenas na rede privada. Eles são revestidos por um hormônio sintético da progesterona, que serve para afinar o endométrio e altera o muco cervical. Assim, o útero se torna menos propício para a fecundação. A diferença entre esse modelo e o de cobre é que ele diminui o processo de inflamação no local.