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Dinossauro com 'cara de buldogue' é descoberto no deserto do Saara
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Dinossauro com 'cara de buldogue' é descoberto no deserto do Saara

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Mega Curioso
16/06/2022 18h00
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Uma equipe de paleontólogos egípcios e norte-americanos fez uma descoberta recente extremamente intrigante no deserto do Saara: uma nova espécie de dinossauro que tinha rosto achatado, semelhante a de um buldogue, corpo massivo e braços minúsculos — muito parecidos com o de um tiranossauro rex.

Os pesquisadores do Centro de Paleontologia de Vertebrados da Universidade de Mansoura (MUVP) e da Universidade de Ohio encontraram os primeiros indícios dessa criatura fossilizada em 2016, quando um osso de vértebra foi achado na região. Imediatamente, os cientistas identificaram que a ossada se tratava de um abelissauro, carnívoro que alcançava até 7,4 metros de comprimento.

Características da espécie

(Fonte: Sanaa El-Sayed/Universidade de Michigan)(Fonte: Sanaa El-Sayed/Universidade de Michigan)

De acordo com os pesquisadores, os dinossauros abelissaurídeos viveram na Terra durante o período Cretáceo — entre 145 milhões e 66 milhões de anos atrás. Esses enormes animais andavam sobre duas pernas e eram carnívoros por natureza, embora seus braços curtos e cara achatada não sugiram qualquer nível de agressividade.

Mesmo assim, ao contrário do que sabemos sobre os tiranossauros, é bem provável que essa espécie de abelissauro especificamente não estivesse no topo da cadeia alimentar de sua região. Até então, os pesquisadores não entraram em um consenso para batizá-lo definitivamente e estão esperando por mais informações para obter essa resposta.

Embora essa criatura tivesse entre 4,8 e 6,1 metros de comprimento, eles eram provavelmente ofuscados por outros dinossauros de sua época. O motivo dessa dedução é porque a Formação Bahariya, onde os paleontólogos acharam o osso, era lar de alguns dos dinossauros mais monstruosos de todos os tempos, como os Carcharodontosaurus, Bahariasaurus e Spinosaurus.

Continuidade das pesquisas

(Fonte: Hesham Sallam/Universidade Americana do Cairo)(Fonte: Hesham Sallam/Universidade Americana do Cairo)

Conforme descrito pelos paleontólogos envolvidos na operação, o Oásis de Bahariya provavelmente era um dos cantos mais aterrorizantes do planeta para se estar durante o Cretáceo Médio. Com tantos predadores colossais coexistindo em uma única região, é difícil imaginar como todos eles conseguiram dividir o mesmo ambiente.

A resposta para essa questão está provavelmente baseada no fato de casa espécie possuir um tipo de dieta diferente e ter se adaptado para caçar presas diversas. De todo modo, é no mínimo intrigante imaginar como seria a vida de uma presa entre tantas feras vorazes ao seu redor.

Como próximo passo para as descobertas recentes feitas no deserto do Saara, a equipe de pesquisadores espera conseguir continuar explorando a Formação Bahariya para entender melhor como o dinossauro de cara achatada encontrado recentemente sobreviveu nessa parte do mundo — tal qual as outras espécies de predadores da região.

No início do século XX, essa parte do deserto era uma área com grande riqueza de fósseis de dinossauros e com muito potencial para ser explorado. Entretanto, diversos bombardeios ocorridos durante a Segunda Guerra Mundial complicaram a tarefa dos pesquisadores. De todo modo, novas iniciativas serão tomadas para vasculhar o local por mais ossos do dinossauro em questão.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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