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Elza Soares: 6 fatos sobre a vida da eterna diva
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Elza Soares: 6 fatos sobre a vida da eterna diva

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Mega Curioso
21/01/2022 15h13
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O Brasil perdeu ontem à tarde (20), aos 91 anos, Elza Soares, a eterna diva da música brasileira. Dona de uma voz ímpar e imponente, Elza cantou suas dores e dissabores, deu voz à população preta, à população marginalizada, às mulheres e LGBTQIA+. Enfim, foi porta-voz de quem, em razão de sua essência, representava alguma minoria de poder.

Maior perda da música popular brasileira desde a morte de Elis Regina, ocorrida há 40 anos, a partida de Elza Soares deixa uma lacuna na arte, na cultura popular e na defesa dos menos favorecidos. Este texto é uma homenagem à mulher e à artista, no qual apresentamos 6 fatos sobre sua vida.

1. Casamento forçado aos 12 anos, mãe aos 13, viúva aos 21

(Fonte: Agência O Globo)(Fonte: Agência O Globo)

Elza teve um início de vida difícil. Com apenas 12 anos de idade, foi forçada pelo pai a casar-se com Lourdes Antônio Soares. Foi dele que a diva abraçou o sobrenome que lhe acompanharia pelo restante da vida.

Aos 13 anos, ficou grávida pela primeira vez. Aos 15, Elza Soares perdeu um filho para a fome. Posteriormente, seu marido é acometido por tuberculose, vindo a falecer quando a cantora tinha 21 anos de idade. Esse relacionamento foi recheado de situações de violência doméstica e sexual.

2. Estreou no rádio em 1953

(Fonte: Jovem Pan)(Fonte: Jovem Pan)

Elza foi contratada como crooner da Orquestra Garam de Bailes, onde trabalhou até engravidar, em 1954. Retornaria a cantar apenas em 1955.

Seu talento nato já havia lhe rendido o primeiro lugar no programa Calouros em desfile, de Ary Barroso, na extinta Rádio Tupi. Foi sua iniciação artística.

3. Elza Soares foi além do samba

Ainda que tenha feito carreira no samba e ajudado a imprimir um estilo todo seu no gênero musical, a diva foi muito além.

A intérprete, eleita pela Rádio BBC de Londres como a cantora brasileira do milênio, passou pelo jazz, funk, hip hop, música eletrônica e MPB. Ao todo, gravou 34 discos nos seus quase 70 anos de carreira.

4. Do quase abandono da carreira ao resgate por Caetano Veloso

(Fonte: Hoje em Dia)(Fonte: Hoje em Dia)

O início da década de 1980 foi inglório para a artista. As dificuldades do período a fizeram cogitar abandonar a carreira. Contudo, para nossa sorte, resolveu repensar o encerramento e partiu a São Paulo, onde foi encontrar Caetano Veloso com o objetivo de pedir ajuda. E ela veio.

Caetano convidou Elza para cantar com ela a canção “Língua”, um samba-rap presente no disco de 1984, Velô. Foi esta participação que mostrou um novo lado da cantora, da bossa negra, e abriu espaço para que gravasse um disco menos voltado ao samba, Somos todos iguais, de 1985. Nele, fez dueto com Caetano, interpretou Jorge Aragão e Cazuza, um dos expoentes do rock nacional naquele momento.

5. Relação com Garrincha foi alvo de críticas respondidas com música

(Fonte: Disparada)(Fonte: Disparada)

Garrincha e Elza Soares dividiram a vida por 17 anos. O alcoolismo do Anjo das Pernas Tortas fez com que tornasse a ser vítima de violência doméstica. Mas antes de toda a história construída por eles, a cantora precisou enfrentar a sociedade - e a imprensa.

Quando se conheceram, o jogador era casado. A imprensa passou a acusá-la de ter acabado com o casamento de Garrincha. Elza foi vítima das mais variadas críticas. Ao invés de se calar, em 1963, gravou a canção “Eu sou a outra”, para a fúria da sociedade conservadora.

6. Primeiro álbum só de inéditas veio depois de 50 anos de carreira

(Fonte: Jornal da Paraíba)(Fonte: Jornal da Paraíba)

O primeiro registro de inéditas de Elza Soares veio apenas quando já possuía mais de 50 anos de carreira. A Mulher do Fim do Mundo foi o último divisor de águas na carreira da artista.

O álbum foi responsável por apresentá-la às novas gerações, mostrou uma artista capaz de se reinventar e ser extremamente moderna. Também evidenciou que nunca deixou sua verve política e defensora das minorias.

A Mulher do Fim do Mundo se tornou o trabalho mais premiado de Elza, recebendo o Troféu APCA da Associação Paulista de Críticos de Arte, o Prêmio da Música Brasileira e o Grammy Latino de Melhor Álbum de MPB.

Leia a matéria original aqui.

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