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Mandala: conheça as imagens ancestrais que representam a vida
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Mandala: conheça as imagens ancestrais que representam a vida

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Mega Curioso
06/05/2022 21h00
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As mandalas  são formas imagéticas criadas pelo homem há milênios. Elas se caracterizam por conta de sua imagem, que compreende círculos e formas esféricas preenchidas por diferentes variações como espirais, flores, cruzes e círculos concêntricos. 

Sua simbologia é muito rica: entende-se que as mandalas expressam o êxtase que se tem ao contemplar a essência da vida. E é por isso que são vistas como objetos que promovem cura e nos aproximam da espiritualidade. Suas diferentes versões nos inspiram a pensar sobre os ciclos inevitáveis da natureza, como a vida e a morte, a mudança do dia para a noite, as fases da lua , as transições entre as estações do ano — tudo isto expresso nas formas circulares da mandala.

Por que as mandalas exploram a forma do círculo?

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

A palavra mandala vem do sânscrito e significa círculo. De acordo com Charles Gilchrist no livro Sacred Geometry, a forma circular é sagrada, uma vez que é a mais natural do universo. Tudo que nos cerca tem características esféricas: os planetas, as estrelas, a lua, o sol, a maior parte das frutas, das pedras e as gotas da chuva. As células e os átomos que compõem todas as coisas são também circulares.

Segundo Gilchrist, um guru teria levado a primeira mandala para o Tibete no século XVIII. A partir daí, elas passaram a ser replicadas em vários locais, sendo deslocadas para outros continentes. Por mais que sua origem seja considerada oriental, é difícil imaginar alguma cultura ancestral em que a forma da mandala não tenha sido vista.

As mandalas na cultura mundial

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

As primeiras mandalas teriam sido criadas como instrumento do budismo , uma das maiores religiões do mundo. Seu surgimento se deve ao desejo de se lembrar o tempo todo da essência circular (portanto, ativa, impermanente e renovável) da vida. Por isso, elas costumam ser utilizadas como imagens que auxiliam a prática meditativa .

Com o passar dos anos, estas imagens passaram a ser produzidas em várias culturas. No cristianismo , por exemplo, embora as mandalas não sejam compreendidas como fonte de cura, elas costumam aparecer nas formas geométricas dos vitrais das catedrais, por exemplo.

Durante o século XX, o psicanalista suíço Carl Jung , um dos mais célebres discípulos de Freud, utilizou o elemento da mandala como um instrumento terapêutico que poderia auxiliar seus pacientes no acesso ao inconsciente. Jung propôs uma analogia entre as "camadas" de uma mandala e os diferentes níveis de consciência que nós, humanos, temos. Por isso, olhar para uma imagem desta poderia ser um caminho que nos levaria mais perto do estágio mais profundo.

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

Outra versão relativamente comum das mandalas foi criada pelos povos nativos americanos, especialmente os oriundos dos Estados Unidos. Estas sociedades imaginavam que a forma da mandala poderia afastar os espíritos malignos. 

Por isso, criaram um objeto que passou a ser chamado de "filtro dos sonhos". Trata-se de um objeto (hoje mais usado na decoração das casas) que funciona como uma espécie de "labirinto" em que os pesadelos ficariam enredados. Seu formato, como é possível reconhecer com muita facilidade, remete aos círculos concêntricos de uma mandala.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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