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Múmias encontradas em Portugal podem ser as mais antigas do mundo
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Múmias encontradas em Portugal podem ser as mais antigas do mundo

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Mega Curioso
18/03/2022 22h00
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Múmias encontradas em Portugal podem ser as mais antigas do mundo, descoberta feita após uma análise de antigas fotografias de escavações arqueológicas . Os restos de humanos preservados possuem cerca de 8 mil anos e foram identificados a partir do acervo do trabalho do arqueólogo Manuel Farinha dos Santos, falecido em 2001, no Vale do Sado durante a década de 1960.

A documentação evidenciou práticas mortuárias na região durante o Mesolítico, período que terminou com a introdução da agricultura. O novo estudo foi publicado na revista acadêmica European Journal of Archaeology e mostrou que 13 indivíduos tinham marcas de mumificação antes de serem enterrados, ritual feito mil anos antes do caso mais antigo conhecido até então, no Chile, e cerca de 4 mil anos antes dos registros egípcios.

Análise dos corpos

Para recuperar as condições de enterramento após a morte dos indivíduos, os especialistas usaram o método chamado de arqueotanatologia, que analisa a decomposição de corpos. Eles concluíram que os ossos dos esqueletos estavam “hiperflexionados”, no caso, com braços amarrados para colocar os cadáveres em uma plataforma elevada para drenar seus fluidos e serem secados por fogo.

Uma nova análise de escavações arqueológicas apresentou evidências de mumificação em Portugal há cerca de 8 mil anos, 4 mil anos antes do ritual egípcio. (Fonte: European Journal of Archeology / Reprodução)Uma nova análise de escavações arqueológicas apresentou evidências de mumificação em Portugal há cerca de 8 mil anos, 4 mil anos antes do ritual egípcio. (Fonte: European Journal of Archeology / Reprodução)

Segundo os autores, a mumificação tinha o propósito de facilitar o transporte dos mortos até o local considerado adequado para o enterro. Isso porque o corpo que passou por esse tratamento estaria mais contraído, ocupando menos espaço, e significativamente mais leve que um cadáver fresco. “Tais práticas também enfatizam a importância de trazer os mortos para esses locais, seguindo princípios da cultura daquela população na época”, escreveram.

Outro sinal observado pelos arqueólogos, para determinar o processo de conservação, diz respeito ao solo ao redor do túmulo. Se um corpo fosse enterrado sem mumificação, sua decomposição mais rápida criaria vazios que seriam preenchidos por sedimentos, o que não foi encontrado. Como o solo estava praticamente intacto, ficou a sugestão de que ele não se decompôs dessa forma, logo, o cadáver já era uma múmia antes do seu enterramento.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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