O ataque a Pearl Harbor na visão de um sobrevivente
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A Segunda Guerra Mundial foi responsável por diversos acontecimentos históricos que são lembrados até hoje, mas poucos são tão marcantes quanto ao ataque surpresa feito pelas Forças Aéreas Japonesas contra a base naval de Pearl Harbor, dos Estados Unidos, no dia 7 de dezembro de 1941 — data que completa 80 anos em 2021.
Nesta ocasião, mais de 2 mil norte-americanos foram mortos e mais 1.178 ficaram feridos. Porém, uma pessoa sobreviveu para contar sua visão sobre os fatos: Donald Stratton, marinheiro abordo do USS Arizona e autor do livro All the Gallant Men: An American Sailor's Firsthand Account of Pearl Harbor (2016), em que discorre sobre aquele dia.
Uma manhã conturbada
(Fonte: USS Arizona Memorial/Divulgação)
Era um domingo e Stratton havia acordado às 5h da manhã para começar sua jornada. Após arrumar sua cama, ele se direcionou para o banho e colocou suas vestes navais do fim de semana. O que ele não sabia, entretanto, é que neste mesmo horário uma armada japonesa se reunia.
No total eram seis porta-aviões, dois encouraçados, dois cruzadores pesados, um cruzador leve, nove contratorpedeiros, oito petroleiros e três submarinos que escoltavam os porta-aviões. De seus conveses, os japoneses lançaram 183 aviões, incluindo 51 bombardeiros de mergulho, 40 torpedeiros, 49 bombardeiros horizontais e 43 caças.
Enquanto isso, os norte-americanos continuavam sua rotina e se preparavam para comer o café da manhã de ovos com ketchup, presunto enlatado, panquecas e uma boa dose de café. O USS Arizona era apenas um dos 185 navios atracados em Pearl Harbor naquele dia. Por causa do mau tempo, os três porta-aviões da frota permaneceram no mar.
Início do conflito
(Fonte: Wikimedia Commons)
Às 6h45 da manhã, o USS Ward atirou em um submarino não-identificado que andava em sua direção pelo Pacífico. A embarcação inimiga afundou e o acontecimento foi comunicado para outras autoridades em Pearl Harbor . O problema, porém, é que o recado foi passado tão devagar que nenhum alerta foi dado aos outros navios no porto.
Às 7h00, os japoneses enviaram uma segunda leva de aeronaves: 77 bombardeiros de mergulho, 36 caças e 54 bombardeiros horizontais. Dez minutos depois, o soldado do exército, Joseph Lockard, notificou o surgimento de um grande ponto no radar de monitoramento de Pearl Harbor — que ele havia deduzido ser uma frota de aviões.
Como resposta, Lockard ouviu de seus superiores que um esquadrão de aviões americanos estava chegando a Pearl Harbor naquela manhã e o blip tinha de ser eles. Então, às 7h40, o capitão japonês Mitsuo Fuchida sinalizou para que o ataque aéreo começasse.
Momentos de terror
(Fonte: Wikimedia Commons)
Durante os próximos vários minutos, Pearl Harbor se tornaria um grande alvo para destruição. A situação era especialmente delicada para o USS Arizona, que estava imprensado entre outra embarcação e uma ilha dividida por uma pista para aeronaves que ficava próxima ao porto.
Ao pisar para fora do navio, Stratton identificou as aeronaves japonesas realizando o ataque surpresa e correu de volta para a sua estação de batalha. Pearl Harbor estava sendo bombardeada interminavelmente. O marinheiro então correu para a torre de controle em meio as bombas e tiros, e montou os preparativos para que o USS Arizona pudesse retaliar os ataques.
Porém, as aeronaves japonesas estavam voando tão baixo que os próprios soldados norte-americanos corriam o risco de sofrer fogo amigo. Os EUA estavam em situação desfavorável e não havia muito o que fazer. Nesse caso, tudo dependia de sorte.
Ponto final
(Fonte: USS Arizona Memorial/Divulgação)
Às 8h10, tudo parecia estar em chamas. Soldados corriam pelo deque como tochas humanas. “Essas pessoas eram zumbis, em essência. Eles foram queimados completamente brancos", descreveu um dos soldados sobreviventes em relato. E o fogo não era a única preocupação: uma fumaça preta tomava conta do convés e roubava o oxigênio de todos os indivíduos.
Stratton teve braços e costas queimados pelo fogo, enquanto a plataforma de metal continuava aquecida e tornava a situação insustentável para todos. Em meio a uma brisa, os sobreviventes avistaram uma saída: o USS Vestel ainda estava de pé e funcionando, com marinheiros prontos para partir.
Graças à Joe George, os marinheiros conseguiram estender uma corda de 21 metros entre uma embarcação e outra para que os sobreviventes pudessem chegar ao local seguro. Mesmo com a pele descamando por causa das queimaduras, miraculosamente os homens conseguiram realizar a trajetória. Posteriormente, o USS Vestel partiu rumo ao mar aberto, onde conseguiu encontrar assistência médica para os homens feridos que lutaram por suas vidas e sobreviveram a um dos acontecimentos mais traumatizantes da Segunda Guerra Mundial.
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