O azul é a cor favorita da maioria das pessoas e a ciência explica
Mega Curioso
É muito provável que a sua cor favorita seja o azul — e isso pode ter a ver com fatores que você nem imagina. Pesquisas mostram que, em todo o mundo, as pessoas tendem a apontar o azul como a cor que elas mais gostam (e apenas a título de curiosidade: o marrom amarelado é a que mais detestam).
A explicação está ligada às experiências que vamos desenvolvendo com as cores à medida que envelhecemos. Uma pesquisa feita pelas professoras Lauren Labrecque, da Universidade de Rhode Island, e Karen Schloss, da Universidade de Wisconsin, feito com 330 crianças entre 4 e 11 anos mostrou que elas tendiam a associar o azul com personagens legais, o preto aos vilões. E por que isso acontece?
A teoria da valência ecológica
(Fonte: Pexels)
Karen Schloss, docente da área de Psicologia, propõe que se observe esse fenômeno a partir da teoria da valência ecológica. Basicamente, esta teoria sugere que nossas sensações sobre cores têm menos a ver com suas propriedades em si e mais a ver com objetos que associamos a elas.
Ou seja, gostamos mais de azul porque o ligamos a objetos que já gostamos naturalmente (como um céu todo azul ou uma água limpa) — diferente, por exemplo, do amarelo escuro, que associamos a fezes ou a comida podre.
“Isso explica por que pessoas diferentes têm preferências diferentes pela mesma cor e por que sua preferência por uma determinada cor pode mudar com o tempo”, afirmou a professora para a BBC. Ou seja, nossas preferências por cores têm a ver com as experiências que vamos acumulando durante a vida.
Por que o azul é a cor mais querida?
(Fonte: Pexels)
Se mudamos nossas impressões sobre as cores ao longo da vida, por que o azul tende a permanecer entre as favoritas? Os primeiros estudos de cores datam do século XIX, e já evidenciavam que amamos o azul por associá-lo à natureza.
Costumamos lembrar desta cor porque relacionamos a lembranças agradáveis, como a de ver um céu azulado ou da paz sentida quando estamos próximos ao oceano. Ou seja, é provável que, ao longo da vida, acumulemos mais experiências positivas com essa cor em relação a outras.
Ainda que o azul reine absoluto, há outras tendências nas relações com as cores observadas por pesquisas. Por exemplo: quando mais jovem a pessoa, mais provável será que ela escolha cores brilhantes. À medida que for envelhecendo, tende a preferir tons mais escuros. Já adolescentes costumam pender para as cores mais sombrias.
De acordo com pesquisadores da Universidade de Glasgow, mulheres jovens gostam mais de roxos e vermelhos, e homens jovens tendem a optar pelo verde. Já amarelo escuro ou marrom amarelado, como já dissemos, alimenta um ódio universal — muito provavelmente porque só temos lembranças ruins associadas a essa cor.