Patrimônio dos 10 homens mais ricos do mundo dobrou na pandemia
Mega Curioso
Um estudo publicado nesta última segunda-feira (17) pela organização não-governamental britânica Oxfam revelou que o patrimônio dos dez homens mais ricos do mundo dobrou durante a pandemia. A pesquisa considerou o período de março de 2020 até os dias atuais e evidenciou disparidades entre classes sociais, comentando sobre desigualdades que geraram impactos ainda mais negativos para grupos de pessoas mais pobres .
Através de dados fornecidos pela Forbes Billionaires List, pelo relatório anual Credit Suisse Global Wealth, que atua na distribuição de informações sobre a distribuição de riqueza global desde o início dos anos 2000, e pelo Banco Mundial, o Oxfam divulgou que a riqueza dos homens mais ricos do planeta cresceu de US$ 700 bilhões para US$ 1,5 trilhão (de R$ 3,8 trilhões para R$ 8,3 trilhões, em conversão direta), com disparidades perceptíveis no próprio grupo e para além dele.
(Fonte: Forbes / Reprodução)
Enquanto o patrimônio de Elon Musk cresceu mais de 1.000% durante a pandemia , resultando em um acúmulo de capital de mais de US$ 268 bilhões, a riqueza de Bill Gates, que ocupa o quarto lugar na lista de mais ricos do planeta, aumentou "apenas" 30% no mesmo período e atualmente marca a casa dos US$ 132,7 bilhões. Confira abaixo a lista com os dez homens mais ricos do mundo.
- Elon Musk - US$ 256 bilhões
- Bernard Arnault e família - US$ 192, 5 bilhões
- Jeff Bezos - US$ 177,6 bilhões
- Bill Gates - US$ 132,7 bilhões
- Larry Page - US$ 114,5 bilhões
- Larry Ellison - US$ 113,9 bilhões
- Warren Buffet - US$ 112,6 bilhões
- Mark Zuckerberg - US$ 112,2 bilhões
- Sergey Brin - US$ 110,4 bilhões
- Steve Ballmer - US$ 96,2 bilhões
O outro extremo
Com base em dados de outros estudos, a Oxfam informou que a pandemia comprometeu a vida de milhões de pessoas em situação de pobreza, levando diversos trabalhadores e famílias a sobreviverem com menos de US$ 5,50 (R$ 30, em conversão direta) por dia. Além disso, a crise da covid-19 forçou países a cortar gastos em esferas relevantes, impulsionando o aumento de dívidas e prejudicando a participação social de mulheres e minorias étnicas.
O Brasil também foi mencionado nos arquivos e o instituto apontou que em São Paulo as pessoas mais ricas têm uma expectativa de vida 14 anos maior que a da população que habita áreas mais pobres, enquanto afrodescendentes e indígenas no Brasil enfrentam problemas desproporcionais na crise e estão 1,5 vezes mais propensos a morrer de covid-19 do que brancos.
"Mesmo durante uma crise global, nossos sistemas econômicos injustos conseguem oferecer lucros inesperados para os mais ricos, mas falham em proteger os mais pobres", disse Danny Sriskandarajah, executivo-chefe da Oxfam. "Este ano, o que está acontecendo está fora da realidade. Houve um novo bilionário criado quase todos os dias durante esta pandemia, enquanto 99% da população mundial está pior por causa de lockdowns, menos comércio e menos turismo internacional. Como resultado disso, mais 160 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza. Algo está profundamente errado em nosso sistema econômico."