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Por que a pandemia de covid-19 afetou mais as mulheres?
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Por que a pandemia de covid-19 afetou mais as mulheres?

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Mega Curioso
08/03/2022 18h30
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A pandemia de covid-19, que enfrentamos desde 2020, tem sido prejudicial a todo mundo. Mas há um grupo que foi especialmente afetado pelos danos causados durante todo este tempo: as mulheres. Elas ficaram mais sobrecarregadas, perderam postos no mercado de trabalho ou cogitaram sair do emprego para cuidar de suas famílias.

O Instituto McKinsey, que faz um acompanhamento do impacto da presença feminina no mercado de trabalho, fez constatações estarrecedoras. A primeira: a pandemia afetou diretamente no emprego das mulheres, 1 em cada 4 mulheres pensou ou está pensando em sair do trabalho — enquanto homens, 1 a 5 cinco. Os subgrupos mais impactados, conforme os dados, são as trabalhadoras que são mães, mulheres que ocupam cargos de gerência e as mulheres negras.

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

Historicamente, as mulheres trabalhadoras têm médias menores de salário em relação aos homens, e estão mais propensas a aceitar subempregos. Por isso mesmo, elas são mais vulneráveis à dispensa de seus trabalhos em momentos de crise, como uma pandemia.

Já a tendência a sair do mercado de trabalho reflete múltiplos fatores. O mais óbvio deles é o acúmulo de funções: na pandemia, as mulheres tiveram que assumir mais responsabilidades com os filhos e com atividades dentro de casa. Outro aspecto é que as oportunidades de trabalho pioraram, especialmente para as mulheres. Neste quesito, entra a sobrecarga de trabalho (assumindo funções de profissionais desligados, por exemplo) e a falta de perspectiva de crescimento dentro de uma empresa.

Outra constatação é que, no caso das mães, quanto menor é o filho, mais impactada foi a sua rotina de trabalho. Mulheres com filhos com menos de dez anos têm 10% de chance a mais de saírem do emprego do que os homens. Isto porque, com a pandemia e os fechamentos de serviços e instituições, como as escolas, as trabalhadoras tiveram um acúmulo de atividades profissionais e domésticas muito maior do que seus parceiros.

A saúde mental das mulheres

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

A sobrecarga de trabalho (externo à família e dentro da própria casa) é um sintoma nítido de outro problema agravado neste período: a saúde mental. Além do estresse envolvendo os riscos causados pela COVID-19, aparecem aqui outros fatores tangenciais que aumentam a propensão ao sofrimento mental, como o aumento do isolamento nas relações sociais e no próprio ambiente de trabalho.

Um dado interessante que ilustra bem essa situação são as pesquisas mais feitas no Google durante esse período. Segundo o relatório do Google Trends, os últimos 12 meses bateram recorde na procura dos termos "cansada psicologicamente" e "cansada mentalmente".

Aumento da violência contra as mulheres

(Fonte: Freepik)(Fonte: Freepik)

Outro fato triste diz respeito ao aumento da violência contra as mulheres neste período — provocada, em parte, pela maior permanência das pessoas dentro de casa durante os lockdowns e a crise econômica. O Global Protection Cluster (rede ligada à ONU que fornece proteção às pessoas afetadas por crises humanitárias) observou um aumento de 90% da violência contra as mulheres em alguns países, como o Afeganistão, Síria e Iraque. 

A informação é reiterada por um fato curioso: enquanto a violência sofrida pelas mulheres nas ruas caiu (provavelmente por conta da diminuição da circulação de pessoas com as restrições sanitárias), ela aumentou nas casas. No Brasil, a pesquisa "Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil", encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública ao Instituto Datafolha, mostrou que 24,4% das mulheres relatam ter sofrido algum tipo de violência ou agressão durante o período da pandemia de covid-19.

O mesmo relatório do Google Trends também constatou um crescimento exponencial nas buscas relacionadas à violência doméstica. No Brasil, por exemplo, perguntas como "o que entra na agressão doméstica" e "como denunciar violência doméstica" atingiram o pico mais alto de pesquisa nos últimos 17 anos.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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