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Por que o veneno de Viúva-negra é tão potente?
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Por que o veneno de Viúva-negra é tão potente?

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Mega Curioso
01/12/2021 18h30
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Conhecida pela prática do canibalismo sexual, as aranhas viúvas-negras possuem uma poderosa mordida e extremamente letal, que inclusive vem evoluindo com o passar do tempo. De acordo com um novo estudo, as aranhas domésticas comuns produzem compostos tóxicos semelhantes em seus organismos.

A diferença, entretanto, é que o veneno das viúvas-negras fêmeas é tão potente que essas criaturas passaram a desenvolver teias mais fortes para lidar com presas cada vez maiores. O estudo foi apresentado na conferência anual de 2015 da Sociedade de Biologia Integrativa e Comparada em Palm Beach, nos Estados Unidos.

Ataque ao sistema nervoso

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

A neurotoxina mais poderosa presente no veneno de uma viúva-negra se chama latrotoxina a qual, inclusive, dá nome ao grupo de aranhas chamadas cientificamente de Latrodectus. A latrotoxina mais poderosa é batizada de alfa-latrotoxina, responsável por "sequestrar" o sistema nervoso de uma nova vítima.

Isso significa que uma presa atingida por uma viúva-negra terá a alfa-latrotoxina viajando pelas regiões pré-sinápticas de seus neurônios — junção entre a sinapse de um neurônio e suas células musculares. Esse processo faz com que as vesículas do neurônio despejem seus neurotransmissores, o que causa um sentimento de dor muito intenso no ser vivo atingido pelo veneno.

De acordo com a equipe de pesquisadores que trabalhou no estudo, a aparição de latrotoxinas entre aracnídeos é muito mais comum do que a ciência previamente imaginava. A maioria das espécies produz esse tipo de toxina para ajudar durante a caçada, mas as demais versões são tão diluídas que dificilmente oferecem um perigo tão grande para os seres humanos.

Cuidados médicos

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Se as aranhas que aparecem em domicílios regularmente não costumam oferecer muitos riscos a nós, as viúvas-negras não funcionam bem assim. As fêmeas, por outro lado, aprenderam a desenvolver um veneno tão concentrado de toxinas que facilmente conseguiriam abater um ser humano adulto.

Estima-se que a cada ano cerca de 2,2 mil pessoas são mordidas por uma viúva-negra, mas a maioria consegue se recuperar no prazo de 24 horas após receber tratamento médico. Muitas das vítimas não desenvolvem qualquer tipo de sintoma de intoxicação, uma vez que as aranhas podem não introduzir o veneno na corrente sanguínea.

Entretanto, é essencial que qualquer pessoa picada busque por auxílio médico para evitar colocar a própria vida em risco. Casos de envenenamento por viúvas-negras que demoram muito tempo para ser atendidos podem gerar complicações graves de saúde e eventualmente o óbito do indivíduo em questão.

Expansão da dieta

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Em geral, as viúvas-negras não são aranhas muito agressivas e tendem a demonstrar uma atitude hostil somente quando são instigadas. Por esse motivo, os seres humanos não precisam se preocupar tanto assim caso não provoquem uma reação. Mas então, qual o motivo dessa espécie ter desenvolvido um veneno tão forte?

Na visão de Jessica Garb, autora do estudo e pesquisadora da Universidade de Massachusetts, tudo passa por uma expansão da dieta dessas criaturas. Além das típicas presas menores, as viúvas-negras também possuem a capacidade de se alimentar de pequenos mamíferos e alguns répteis.

Como o nome sugere, as fêmeas também possuem o hábito de se alimentar de seus "maridos" após o acasalamento. Portanto, parece que elas não possuem qualquer tipo de aversão alimentar. Os pesquisadores também descobriram que o veneno da aranha contém um coquetel de outras toxinas que aumenta a eficácia da alfa-latrotoxina.

Ao compreender como funciona esse veneno , os cientistas esperam encontrar maneiras mais eficazes de criar novos tratamentos para as mordidas, sem contar que alguns pesquisadores acreditam que as toxinas podem ser usadas para o tratamento de outras doenças humanas, como Alzheimer, câncer, dor e até problemas sexuais.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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