Veja o acendimento da pira olímpica nos últimos 100 anos
Mega Curioso
Nessa manhã de sexta-feira, 23 de julho, as Olimpíadas de Tóquio estão começando oficialmente, com o acendimento da Pira Olímpica no Estádio Nacional. A tocha, que passa pelo revezamento até chegar à cidade-sede, é utilizada para acender a chama que fica acesa no estádio principal até o fim dos jogos.
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Até o momento do fechamento dessa matéria, ainda não sabemos como a organização em Tóquio resolveu acender a sua Pira Olímpica, porém temos certeza de que o ritual ficou cada vez mais complexo desde seu surgimento, nas Olimpíadas de Amsterdã, em 1928. Um vídeo, de cerca de sete minutos, mostra a evolução do acendimento da pira olímpica nesses quase 100 anos de tradição.
Aliás, a chama que fica acesa no estádio é a pira olímpica. A tocha é o que se usa no revezamento até chegar na cidade-sede e, então, acender a pira. Assista:
É interessante observar como o acendimento da pira olímpica deixou de ser algo simples — um atleta vai lá e acende o fogo, pronto — para se tornar um espetáculo super elaborado.
É a partir das Olimpíadas de 1960, em Roma, que começa a existir algum momento dramático, com o atleta subindo a escadaria para acender a pira, que está no topo do grande estádio. Mas, ainda assim, a cena era simples.
Em Moscou 1980, começamos a ter algumas invenções: o público do estádio foi criando um caminho com cartazes para que o jogador de basquete Sergei Belov levasse a tocha até o topo do estádio. Mas o primeiro grande espetáculo viria nas Olimpíadas seguintes, realizadas pelos inimigos da União Soviética, os EUA.
Em Los Angeles 1984, o decatleta e medalhista olímpico Rafer Johnson acendeu um fogo que inflamou os arcos olímpicos, para daí chegar à pira olímpica. A partir daí, cada organização desenvolveu cada vez mais pirotecnia. Vale a pena assistir ao vídeo para ver a criatividade de cada organização.
A pira olímpica do Rio 2016 (Imagem: Casa Abril/Reprodução)
A ideia de ter uma pira olímpica, acesa durante toda a duração dos jogos, remonta às Olimpíadas da antiguidade, quando a mesma coisa acontecia, mas foi só em Amsterdã 1928 que jogos da era moderna incorporaram essa tradição.
Já o revezamento da tocha — que sai de Olímpia, Grécia, onde os jogos da antiguidade eram realizados, até chegar à cidade-sede — surgiu nas Olimpíadas de Berlim 1936. Mas não há imagens dessa cerimônia no vídeo, já que, infelizmente, ela foi usada por Hitler para propaganda política, uma mancha na história dos jogos.
Também se tornou tradição escolher uma pessoa importante ou símbolo do país para acender a tocha — isso desde 1952, quando lendário atleta finlandês Paavo Nurmi fez as honras em Helsinki 1952. Em Tóquio 1964 foi escolhido um corredor que nasceu no dia da bomba de Hiroshima e em Atlanta 1996 foi Muhammad Ali. Aqui no Rio, em 2016, foi o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima que acendeu a pira olímpica.
