São Paulo: Por que a cidade recebeu esse nome?

Quando doze padres jesuítas da Companhia de Jesus, entre eles, Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, se uniram para construir um colégio católico no alto da serra do mar, eles deram o pontapé inicial para a criação do município mais populoso de todo o hemisfério sul: São Paulo!

Isso aconteceu em 25 de janeiro de 1554, quando eles escolheram o local entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí para fundar a sede, cujo objetivo seria catequizar e alfabetizar os índios que viviam na região do planalto de Piratininga. Mais tarde, o lugar passou a ser conhecido como Vila de São Paulo.

Como resultado, novas construções em torno desse colégio foram surgindo, a população foi aumentando e a relevância do lugar foi crescendo, até que, em 1681, o local foi promovido a capital da Capitania de São Vicente (atual estado de São Paulo), estando nessa posição há 333 anos.

Mas, como surgiu o nome da cidade?

Ainda que a história da fundação da cidade seja relembrada ano a ano, já que a data é marcada no calendário como feriado municipal, é possível que uma dúvida ainda persista entre os paulistas, paulistanos e todos que se interessam pela capital do estado: por que São Paulo recebeu este nome?

A resposta é simples: por conta da bíblia! Isso porque a origem do nome é bíblica, já que o mesmo foi concedido em homenagem ao apóstolo Paulo, visto que as datas da criação da cidade e da celebração da conversão de Paulo de Tarso ao cristianismo pela Igreja Católica se convergem: ambas são comemoradas no dia 25 de janeiro.

Vale lembrar, que o próprio padre José de Anchieta afirmou o fato em uma carta à Companhia de Jesus, onde explicava a relação da conversão de Paulo de Tarso e a cidade, conforme repercutido pelo portal Aventuras na História. Confira o trecho:

A 25 de Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo. Por isso, a ele dedicamos nossa casa!".

Curiosidade: São Paulo se tornou padroeiro da cidade apenas em 2008, quando um pedido pessoal do cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer, foi enviado ao papa Bento XVI, solicitando a troca, visto que, até então, Sant’Ana, a padroeira da terceira idade e protetora dos marceneiros, ocupava o posto, já que tinha sido escolhida patrona pelo Papa Paulo VI em 1782.