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Conheça o clube de Israel que foi alvo de documentário por não contratar árabes
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Conheça o clube de Israel que foi alvo de documentário por não contratar árabes

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Sportbuzz
10/10/2023 19h20
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15815611/original/open-uri20231010-18-mln298?1696967170
©Getty Images
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Fundado em 1936, o Beitar Jerusalém é um dos times mais controversos do futebol mundial. Um dos mais populares de Israel, ficou marcado por nunca ter contratado jogadores árabes em toda a sua história de quase 100 anos de existência. Bastante vitorioso entre os anos 80 e 90, o clube conquistou seis títulos nacionais e oito Copas do país.

A polêmica envolvendo o clube está relacionada aos ultras, conhecidos como “La Familia”. Abertamente de extrema direita, os torcedores são conhecidos por seu envolvimento em casos de violência e manifestações racistas. Em 2016, o documentário “Forever Pure” detalhou um momento de polêmica dentro do time: em 2013, Arkadi Gaimadak, então dono do Beitar Jerusalém, contratou dois jogadores chechenos e muçulmanos, Zaur Sadayev e Dzhabrail Kadiyev.

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Em retaliação, a torcida incendiou as instalações do clube. A polêmica cresceu até certo ponto de o então Primeiro Ministro de Israel, Moshe Yaalon, precisar condenar publicamente o protesto, classificando-o como racista. “Eu fiquei chocado com o racismo mostrado nas arquibancadas do Beitar Jerusalém contra ter árabes e muçulmanos como jogadores do time”, afirmou. No dia 3 de março do mesmo ano, Sadayev marcou seu primeiro gol, durante o Campeonato Israelense, e centenas de torcedores deixaram o estádio por conta do episódio, segundo a imprensa local.

Já em 2019, membros dos ultras do clube exigiram que o meio-campista Ali Mohamed mudasse de nome, por considerarem um nome “muito muçulmano”. O jogador, que é do Níger, é cristão. Porém, curiosamente, em 2018, o Beitar foi vendido para um árabe, Moshe Hogeg, um empresário de tecnologia que se identifica como judeu. Nascido em Israel, seu pai é tunisiano e sua mãe marroquina.

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Hogeg tentou vender 50% do clube para outro árabe, o sheik Hamad bin Khalifa Al Nahyan, da família real dos Emirados Árabes Unidos. A torcida, claro, protestou contra a negociação e fez questão de demonstrar descontentamento, como esperado. O negócio não foi pra frente e acabou em 2022, depois que Moshe foi acusado de crimes sexuais. O empresário acabou vendendo o clube para Barak Abramov.


 

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