ONG de defesa dos direitos humanos acusa Israel de genocídio em Gaza
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A Human Rights Watch (HRW) lançou uma grave acusação contra Israel na última quinta-feira, 19, afirmando que o país está cometendo atos de genocídio na Faixa de Gaza ao privar intencionalmente a população palestina de acesso à água potável. Segundo a organização, essa política, que resultou na morte de milhares de palestinos, configura um crime contra a humanidade e um ato de genocídio.
Em um relatório detalhado, a HRW documenta como Israel, desde o início da recente ofensiva militar em Gaza, interrompeu o fornecimento de água, eletricidade e combustível para a região, impedindo que os palestinos tenham acesso a água potável e saneamento básico. A organização estima que os palestinos em Gaza estão recebendo apenas alguns litros de água por dia, muito abaixo do mínimo necessário para a sobrevivência.
"O que encontramos é que o governo israelense está matando intencionalmente palestinos em Gaza ao negar-lhes a água necessária para sobreviver", afirmou Lama Fakih, diretora do HRW para o Oriente Médio, no relatório.
A HRW cita declarações de altos funcionários israelenses que, segundo a organização, sugerem o desejo de destruir os palestinos. Essa intenção, combinada com a privação deliberada de água, configura, na visão da HRW, o crime de genocídio, conforme definido pela Convenção sobre Genocídio de 1948.
Acusações
A acusação da HRW não é isolada. O Amnesty International, outra grande organização de direitos humanos, também concluiu em um relatório recente que Israel está cometendo genocídio em Gaza. Ambas as organizações baseiam suas acusações na análise de documentos, entrevistas com testemunhas e imagens de satélite.
Israel negou veementemente as acusações, afirmando que está agindo em legítima defesa e que respeita o direito internacional humanitário. O governo israelense argumenta que a privação de água em Gaza é uma medida necessária para combater o Hamas e proteger seus cidadãos.
A decisão do Tribunal Penal Internacional de emitir mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu ex-chefe de defesa, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade, adiciona mais tensão à situação.
Segundo o G1, a crise humanitária em Gaza é cada vez mais grave, com milhares de mortos, feridos e deslocados. A comunidade internacional tem pressionado por um cessar-fogo imediato e o início de negociações para uma solução duradoura para o conflito.