Ciberataques atingem sites do exército ucraniano e de 2 bancos
Tecmundo
Durante a terça-feira (15), enquanto o presidente russo Vladimir Putin acenava com a retirada de suas tropas da fronteira com a Ucrânia, o país estava sendo vítima de uma série de ataques cibernéticos que derrubaram, além dos sites do exército e do Ministério da Defesa ucraniano, também alguns grandes bancos do segundo maior país da Europa.
De acordo com Victor Zhora, um alto funcionário ucraniano de defesa cibernética, não foram detectadas outras ações disruptivas que poderiam estar por trás do ataque de negação de serviço (DDoS), conhecido por deixar os recursos de um sistema indisponíveis para seus usuários. As negações de serviço afetaram principalmente o Oschadbank e o Privat24, duas das maiores instituições financeiras do país.
Esse tipo de ataque hacker, no qual os sites alvo são "bombardeados" com um fluxo intenso de pacotes de dados inúteis, atingiu pelo menos dez sites na Ucrânia, deixando-os temporariamente inacessíveis. Entre os domínios atingidos estão, além dos dois bancos estatais, os ministérios da Defesa, das Relações Exteriores e da Cultura, da Ucrânia.
Quem são os autores dos ciberataques à Ucrânia?
Fonte: DCStudio/Freepik/Reprodução.
Alguns especialistas de cibernética afirmaram que, face ao "poder de fogo" dos hackers apoiados pelo Estado russo (cuja participação não foi confirmada), os danos foram mínimos, com a maioria dos sites voltando a operar normalmente algumas horas depois, conforme declaração de uma agência do governo ucraniano divulgada pela CNN.
Embora os sites atingidos tenham exibido uma mensagem de cunho político ("Tenha medo e espere o pior"), ainda é muito cedo para atribuir uma autoria. Mesmo se sabendo que a agressão cibernética é uma das formas de pressão "preferidas" do presidente russo Vladimir Putin, uma atribuição rápida de autores é complicada, pois os agressores geralmente ocultam seus rastros, só visíveis após a análise dos logs dos provedores, explicou Zhora.