Criminosos invadem contas do Instagram para dar golpe do Pix
Tecmundo
Uma comerciante de Rio Paranaíba (MG) revelou ter sido vítima de um golpe no qual criminosos invadiram a sua conta no Instagram para simular vendas de celulares e outros produtos a preços baixos para seus amigos e familiares. O caso foi noticiado no Fantástico, da Rede Globo, e mostra os perigos de ter sua conta invadida nas redes sociais.
Tudo começou quando a vítima recebeu uma mensagem (DM) em sua conta de um hotel conhecido (embora de um perfil fake) anunciando uma promoção. Os hackers pediram que a vítima informasse o seu número de celular e, via SMS, enviaram um link que deveria ser compartilhado de volta com o “hotel” para confirmar a promoção. Quando ela compartilhou, sua conta do Instagram foi sequestrada e passou a anunciar produtos para venda.
Seduzidos pelos preços baixos, muitos seguidores de Ana, primeiro nome da vítima, passaram a enviar mensagens, indagando o motivo das ofertas, e recebiam justificativas variadas, desde separação de uma amiga até mudança para o exterior. Alegando pressa, os criminosos passavam os dados de um Pix para as novas vítimas, que pensavam estar conversando com a amiga. Depois do pagamento, os compradores eram bloqueados e a pessoa hackeada ainda ficava com fama de golpista.
Como evitar o golpe do perfil falso no Instagram?
Fonte: Shutterstock/Reprodução.
Além das vendas fraudulentas, os cibercriminosos ainda usaram o perfil da comerciante para invadir novas contas, passando-se por ela e pedindo a amigos que compartilhassem um link de volta (o mesmo do início do golpe). Quando Ana percebeu seus stories funcionando como um "bazar", começou a contactar todos os seus amigos e seguidores, pedindo que denunciassem a fraude.
Entrevistado pela emissora, o advogado especialista em crimes cibernéticos José Antônio Milagre recomenda que, ao se deparar com a oferta de produtos com preços anormalmente baixos, a pessoa desconfie e confira atentamente a fonte da oferta, antes de fazer qualquer pagamento via Pix ou boleto bancário. Para ele, com a proximidade das compras de Natal, esse golpe passará a ser muito difundido, inclusive em contas de pessoas jurídicas.