Como surgiu o feriado de Finados?
Recreio
Nesta quarta-feira, 2, se comemora o Dia de Finados, um feriado com teor religioso e que é dedicado a orações e homenagens a aqueles que já faleceram. Mas você sabe como surgiu essa celebração?
Origem
Segundo o site oficial da Igreja Católica, o primeiro Dia de Finados aconteceu em 2 de novembro de 998. A junção de homenagens em apenas uma data foi ideia de Odilo de Cluny, um abade francês que viveu entre os séculos 10 e 11.
A princípio, o feriado era conhecido como “Dia de todas as almas”, porque entre os séculos 2 e 10, haviam vários rituais em lembrança dos mortos e que aconteciam em dias variados, não tendo nenhuma data fixa no calendário cristão para realizar essas homenagens. No geral, as primeiras cerimônias eram realizadas pelos familiares só no terceiro dia depois de enterrar o ente querido, mas, depois de um tempo, os ritos passaram a acontecer nos aniversários de morte.
Apesar de Odilo de Cluny definir que as comemorações passariam a acontecer em 2 de novembro, foi somente no começo do século 20 que a data foi universalizada. O papa Bento XV permitiu em 1915 que os sacerdotes celebrassem missas pelos mortos, de acordo com a Igreja Católica.
Mistura de cultura e religião
Em determinadas regiões, o Dia de Finados é mais excêntrico, enquanto em outros lugares é uma celebração mais reservada e ainda existe uma mistura de culturas e religiões nos rituais dependendo do lugar. Em geral, aqui no Brasil e nos demais países da América Latina, há uma combinação entre culturas europeias, indígenas e cristãs.
Esse misto de tradições, permitiu que novos ritos fossem feitos durante o Dia de Finados, tornando- se em alguns lugares o Dia dos Mortos, uma grande e importante expressão cultural e também uma atração turística para a região. O México é um ótimo exemplo, uma vez que os rituais do Dia dos Mortos já se tornaram parte fundamental do calendário cultural. É importamte ressaltar que desde 2008, os festivais celebrados em territorio mexicano foram classificados pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
Somente em 2002 a data virou um feriado por lei no Brasil e as celebrações são caracterizadas por missas solenes em igrejas católicas.