5 curiosidades astronômicas da semana
Tecmundo
#1: Eclipses em Júpiter!
Júpiter é facilmente observado da Terra a olho nu, sendo, em média, o quarto objeto mais brilhante no céu, ficando atrás do Sol, da Lua e de Vênus. Embora o planeta gigante gasoso seja, depois do Sol, o maior corpo celeste do Sistema Solar, a impressionante distância de mais de 900 milhões de quilômetros da Terra impossibilita qualquer visão detalhada dele sem o auxílio de lunetas e telescópios.
Por essa razão, a humanidade levou dezenas de séculos até observá-lo com detalhes, aventura iniciada apenas em 1610, com as observações de Galileu. Ao olhar para Júpiter com um telescópio, Galileu descobriu suas quatro maiores luas: Ganímedes (a maior lua do Sistema Solar), Calisto, Io e Europa, também conhecidas como luas galileanas.
Hoje, com o avanço da tecnologia e instrumentos cada vez mais sofisticados, sabemos que Júpiter contém pelo menos 79 luas e, por vezes, capturamos eventos raros, como os eclipses gerados por suas luas ao projetarem suas sombras na superfície do planeta!
#2: 95% de todo o Universo é inteiramente desconhecido!
Segundo o modelo cosmológico padrão (chamado de modelo ?CDM , sigla do inglês lambda-cold-dark-matter), que descreve o comportamento e a evolução no nosso universo como um todo, o Cosmos passou a existir em algum instante há 13,8 bilhões de anos e é composto, em seu conteúdo, por cerca de 68% de energia escura, 27% de matéria escura e apenas cerca de 5% da matéria comum que conhecemos e faz tudo aquilo que conseguimos ver e tocar.
Isso significa que todas as coisas daqui da Terra e de fora dela, outros planetas, asteroides, estrelas, galáxias, aglomerados de galáxias e tudo o que mais pudermos pensar, compreende um pequenino grupo seleto de 5% de tudo o que existe no universo. Todo o restante dos 95% são matéria e energia escura, duas componentes que sabemos muito pouco – apenas para não dizer que não sabemos nada – sobre.
Desse pouco que sabemos, a matéria escura é uma forma de matéria que só interage com a matéria comum através da força da gravidade, não podendo ser vista por nenhum tipo de instrumento. Além dela, a energia escura é uma forma hipotética de energia que permeia todo o espaço que seria responsável pela expansão acelerada que é observada no universo.
#3: Brilha, brilha, estrelinha...
Todos nós já percebemos, em algum momento de nossas vidas, que as estrelas parecem “piscar” no céu noturno. Como pequenos vagalumes colados na noite, percebemos pequenas variações no brilho e na cor das estrelas que, na verdade, não são reais. Esse fenômeno, conhecido como cintilação, é causado devido aos efeitos ópticos gerados na entrada da luz emitida pela estrela na atmosfera da Terra, em seu caminho até chegar aos nossos olhos.
A atmosfera do nosso planeta é composta por diferentes camadas e, por isso, quando a luz proveniente da estrela chega aqui, ela passa por turbulências atmosféricas causadas por diferenças na temperatura e na densidade dessas camadas, o que faz com que os raios de luz mudem ligeiramente a direção de sua propagação, por conta dos diferentes índices de refração que eles encontram no caminho. Isso é o que faz com que sua luz cintile quando observada da superfície da Terra!
#4: Uma supergigante vermelha 700x maior que o Sol!
Antares é uma estrela supergigante vermelha localizada na constelação de Escorpião que está distante cerca de 550 anos-luz de nós. Por ser uma estrela facilmente identificável no céu noturno e possuir um brilho considerável (é comumente classificada como a 16ª mais brilhante) é 'queridinha' aos amantes da astrofotografia, que é o tipo de fotografia que busca o registro de corpos celestes com técnicas específicas. Na fotografia mostrada acima, além de Antares, são vistos também outros objetos do céu profundo, como os aglomerados globulares de estrelas, M4 e NGC6144!
#5: Espetáculos no céu causados pelo lançamento de foguetes!
Com a crescente exploração espacial no ramo comercial, tem ficado cada vez mais frequente o lançamento de foguetes ao espaço. Empresas como SpaceX, Blue Origin e Virgin Galactic que se destinam a prestar serviços que vão desde a entrega de satélites em órbita a turismo espacial, têm sido protagonistas comuns nesses episódios.
Observar um lançamento de foguete já é por si só um evento e tanto, mas, observar e registrar um logo após o pôr do Sol ou antes do nascer do Sol é, com toda certeza, um show à parte. Isso porque instantes imediatamente antes ou depois do Sol surgir no horizonte, seus raios de luz já atingem as altas camadas da atmosfera, sendo justamente para onde os foguetes vão, no seu percurso rumo ao espaço.
Isso faz com que os efeitos da exaustão dos propulsores e os resultados dos diferentes estágios do foguete sejam destacados, em contraste com a escuridão do céu, resultando em um espetáculo de cores e formas!