Apollo 11: pedaço da nave pode estar orbitando a Lua desde 1969
Tecmundo
A história da Apollo 11 que quase todo mundo conhece é a de uma missão histórica que levou o homem à Lua em julho de 1969. O que não se tem certeza até hoje é o que aconteceu com o Módulo Lunar Eagle. Ao invés de ter colidido com outro objeto, como foi previsto anteriormente, uma simulação baseada na trajetória da peça indica que ela ainda pode estar orbitando a Lua. O estudo foi publicado em 9 de julho, na revista científica Planetary and Space Science.
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Módulo Lunar Eagle, em configuração de pouso, fotografado do Módulo de Comando Columbia antes do pouso na Lua.
Na missão de 1969, o astronauta e piloto Michael Collins (1930-2021) ficou em órbita a bordo do módulo de comando, Columbia, enquanto seus colegas Neil Armstrong e Buzz Aldrin pousaram em solo lunar a bordo do Eagle. Para retornar até a órbita, no dia seguinte, eles utilizaram o mesmo veículo espacial. Depois de se reencontrarem com Collins no módulo de comando da missão da NASA, o Eagle foi descartado no espaço.
O que se sabe de concreto é que o Módulo Lunar Eagle foi abandonado na órbita lunar após o pouso histórico de 1969, mas o que se especula é que o objeto pode ter permanecido na órbita lunar até os dias atuais. A análise numérica descrita no artigo científico publicado em julho por James Meador, um entusiasta do espaço da Califórnia, apoia essa teoria.
O astronauta Michael Collins fotografou este detalhe do alvo de acoplamento do Módulo Lunar Eagle ao Módulo de Comando Columbia.
Segundo Meador, que fez simulações da órbita prevista do módulo espacial usando um software da NASA, o objeto ainda deve estar orbitando a lua atualmente, quase na mesma altitude na qual foi deixado – aproximadamente 100 quilômetros. Como a Lua não tem atmosfera, não há nada que promova fricção para dragar o módulo até ela, diferentemente do que aconteceria na Terra.
As simulações de Meador mostram que a órbita do módulo ainda pode ser praticamente estável hoje, fazendo com que ele viaje ao redor da Lua a cada 2 horas. “É mais ou menos onde estava há 52 anos”, disse o entusiasta à revista britânica New Scientist.
Próximos passos da pesquisa
Se os cálculos de Meador estiverem corretos e a espaçonave, que tem cerca de 4 metros de diâmetro, ainda estiver em órbita, ela pode ser detectada por radar aqui da Terra. “Seria ótimo alocar algumas horas de tempo de radar e procurá-lo”, disse Meador. E completou: “Diversas pessoas ficariam muito animadas em saber que essa coisa ainda existe. Seria incrível trazê-la de volta à Terra e colocá-la em um museu”.
E você, gostaria de ver o módulo lunar que levou pela primeira vez o homem à Lua voltando para a Terra? Conte para a gente nos comentários.
ARTIGO Planetary and Space Science