Wijnaldum, da Holanda, pede proteção da Uefa em caso de atos racistas na Euro
Sportbuzz
Artilheiro da Seleção Holandesa na Euro 2020, o meia Georginio Wijnaldum falou sobre o receio com a possibilidade de sofrer racismo no duelo contra a República Tcheca, pelas oitavas de final da competição. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 23, o capitão pediu que a Uefa proteja os jogadores de atos discriminatórios.
Recentemente contratado pelo PSG, Wijnaldum não descartou deixar o campo caso seja alvo de racismo por parte da torcida em Budapeste. No último sábado, pela segunda rodada do Grupo F, um vídeo flagrou supostos sons da torcida húngara imitando macacos em direção a Kylian Mbappé e Karim Benzema durante França x Hungria. A Uefa abriu uma investigação para apurar um possível ato racista.
“Acho que a Uefa deve nos proteger. Nesse caso, eles podem parar a partida. Não deve ser da responsabilidade dos jogadores. Ainda não descarto a possibilidade de sair do campo se algo assim acontecer no domingo. Mas primeiro gostaria de discutir isso com meus colegas de time. E eu também falaria primeiro com o árbitro. Mas espero que não seja necessário”, disse o capitão holandês.
Depois que a Uefa impediu que a Arena de Munique fosse iluminada com as cores do arco-íris, em referência à bandeira LGBTQ+, no duelo entre Alemanha e Hungria, o capitão alemão Manuel Neuer usou uma braçadeira em apoio à causa. A atitude será seguida por Wijnaldum, que usará uma faixa com a frase “One Lone” (Um só amor, na tradução).
“Ao usar esta faixa, nós, da seleção holandesa, queremos enfatizar que defendemos a inclusão e a conexão. Somos contra qualquer forma de exclusão e discriminação. Esperamos desta forma apoiar todos os que se sentem discriminados em qualquer parte do mundo”, declarou o meia.
Holanda e República Tcheca se enfrentam no próximo domingo, 27, às 13h (de Brasília), pelas oitavas de final da Euro 2020. A Seleção Holandesa encerrou a fase de grupos da competição como líder do Grupo C, com 100% de aproveitamento.