5 curiosidades astronômicas da semana #AstroMiniBR [06/08]
Tecmundo
#1: A estrela da morte existe?
A ideia de ter uma estrela da morte no nosso sistema solar assusta qualquer fã de Star Wars , né? Mas não se preocupe, essa sósia da estrela da morte na verdade é só um dos mais de 80 satélites naturais de Saturno! Com o nome de Mimas, essa lua é também o menor corpo celeste do nosso Sistema Solar a conseguir equilíbrio hidrostático. Isso significa que ela tem a massa mínima para conseguir um formato aproximadamente esférico, com menos de 400 km de diâmetro. Além disso, ela completa uma volta em Saturno em menos de um dia terrestre, levando cerca de 22 horas.
#2: Uma fonte alternativa de energia
Há algum tempo que um quebra-cabeça vem quebrando a cabeça dos astrônomos: como a atmosfera de Júpiter pode ser tão quente? Essa resposta finalmente chegou com um artigo publicado na Nature: após um mapa detalhado da temperatura do gigante gasoso, ficou claro que a fonte dessa temperatura são as auroras boreais. Isso mesmo, apesar do evento cobrir menos de 10% da superfície do planeta, ele é capaz de aquecer todo o planeta!
#3: Trabalhos de Einstein conservados
Quase 100 anos depois, a Universidade Oxford segue conservando um quadro que Albert Einstein usou durante uma de suas palestras. Em apenas 7 linhas, conseguimos ver uma derivação de propriedades do Universo inteiro seguindo a teoria da Relatividade Geral, Especial e do Big Bang! Propriedades como densidade do Universo, tamanho e idade. O quadro está em exposição no Museu de História da Ciência de Oxford.
#4: Tá achando o Brasil frio demais?
É inegável que com o aquecimento global as temperaturas estão variando cada vez mais. Pela primeira vez o Brasil registra temperaturas tão baixas a ponto de precipitação e neve! Mas claro que esse ainda não é o lugar mais frio do Sistema Solar hahaha Netuno é um dos locais mais frios da nossa vizinhança, com temperaturas chegando em -210 graus celsius! Isso é próximo do zero absoluto! Mas, além de Netuno, o planeta mais frio do Sistema Solar é Urano, que chega a temperaturas de -224 graus celsius. Se você quiser saber um pouco mais sobre o sétimo planeta do nosso sistema, dá uma conferida nesse vídeo da TV Unesp.
#5: Azul é realmente a cor mais quente.
Pode parecer contra-intuitivo, mas azul é realmente a cor mais quente! A cor de uma estrela está diretamente atrelada a sua temperatura, que depende da sua massa: quanto mais massiva, mais energia, mais quente e mais azul. O contrário também acontece: quanto menos massiva, menos energia, menor temperatura, mais vermelho. Isso é porque o pico da emissão dessa estrela vai variar com a temperatura, caindo em diferentes regiões do espectro eletromagnético.
A região que esse máximo de emissão se encontra é o que determina a cor da estrela. Por último, existem classificações para as estrelas, de acordo com a sua massa e consequentemente a cor. Da mais massiva para menos massiva a classificação segue: OBAFGKM, sendo O o tipo espectral mais azul e M mais vermelha! Essa classificação nasceu com o trabalho exclusivo de astrônomas de Harvard, conhecidas como computadoras de Harvard. Nomes importantes passaram por esse grupo, como Henrietta Swan Leavitt.
# Bonus: Henrietta Swan Leavitt.
Henrietta Swan Leavitt
Henrietta Swan Leavitt foi uma das computadoras de Harvard e trabalhou na classificação espectral de estrelas. Mas, além disso, ela foi responsável por uma das primeiras medidas de distância além da Via Láctea, que deu o pontapé inicial para a área de Astrofísica Extragaláctica.
Com seu trabalho de estrelas variáveis, ela foi capaz de perceber que existe uma relação entre o período de variação do brilho de uma estrela variável e seu brilho máximo. Ou seja, sabendo quanto tempo leva a variação dessas estrelas, conseguimos saber qual seu brilho real. Comparando com o brilho observado, podemos inferir sua distância. Com esse trabalho, Hubble foi capaz de perceber que as nebulosas espirais eram na verdade outras galáxias, como a Via Láctea, e que o Universo está cheio desses universos-ilha!