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Activision Blizzard é processada por permitir assédios constantes
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Activision Blizzard é processada por permitir assédios constantes

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Tecmundo
22/07/2021 20h30
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Depois de diversos relatos de ex-funcionárias denunciando a cultura de sexismo e assédios constantes dentro da Activision Blizzard, o Departamento de Justiça do Trabalho e Moradia da Califórnia (sigla DFEH, em inglês) decidiu processar a produtora. A decisão veio depois de uma investigação do próprio departamento, corroborada por depoimentos de pessoas em suas redes sociais.

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Os documentos legais do processo são extensos e chegam a descrever o ambiente de trabalho da empresa como uma "fraternidade de moleques". Piadas a respeito do corpo das mulheres que trabalhavam ali seriam constantes, com alguns casos mais graves chegando a convites impróprios e até a toques não autorizados. A acusação é de que a diretoria e executivos da empresa permitiam que tudo isso acontecesse, citando nomes como o de J. Allen Brack, presidente da Blizzard.

Além de não tomar medidas para interromper ou diminuir os abusos, a DFEH acusa a produtora de raramente deixar que qualquer funcionária alcançar posições de chefia na companhia.

No caso das funcionárias que conseguiam alguma promoção na Activision Blizzard, elas sempre recebiam salários menores do que colegas homens na mesma função, segundo a investigação da DFEH. E isso se refletia em todos os cargos, dos mais baixos aos mais elevados.

Alex Afrasiabi é citado pelo nome no processo. O ex-diretor criativo sênior de World of Warcraft é declarado como um dos maiores assediadores. Segundo relatos nos documentos, Afrasiabi aproveitava os eventos da BlizzCon para assediar as funcionárias, abraçá-las e tentar beijá-las, tudo na frente de outros empregados da companhia.

A situação fica especialmente agravada e complexa porque envolve também um caso de suicídio de uma das funcionárias da Activision Blizzard. Em respeito à vítima, não entraremos em detalhes neste caso específico, basta saber que a acusação da DFEH inclui este acontecimento na conta da cultura de assédios que o departamento acusa a empresa de ter.

Em sua defesa, a Activision Blizzard diz que o processo da DFEH inclui descrições "distorcidas e muitas vezes falsas do passado da Blizzard". A empresa diz que cooperou completamente com a DFEH durante sua investigação, oferecendo todos os documentos e dados que lhe foram requisitados.

A companhia informa que tem feito "esforços tremendos" para compensar suas funcionárias de maneira justa e para criar condições não discriminatórias de trabalho. Eles acusam ainda a DFEH de ter um comportamento irresponsável por mencionar o suicídio de sua ex-funcionária, dizendo que isso foi desrespeitoso e não profissional - ao mesmo tempo em que também falam do caso para se defender.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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