#AstroMiniBR: Como é ver um foguete do espaço?
Tecmundo
Todo sábado, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
Nesta semana, vamos mostrar como é ver um foguete do espaço e falar sobre o início dos testes com o maior motor-foguete já fabricado no Brasil!
#1: Da série: coisas que não se vê todo dia!
Se observar o lançamento ou a reentrada de um foguete são eventos raros, imagina ver um acontecimento desse do espaço? Um espetáculo como esse foi registrado pela tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS, da sigla em inglês) em outubro de 2011. O vídeo acima é um time-lapse feito com uma sequência de fotos tiradas durante uma passagem da ISS a leste da Nova Zelândia, no Oceano Pacífico Sul, enquanto rumava em direção sudeste. Nele, se vê a reentrada do veículo espacial Progress 42P na atmosfera da Terra, logo após ser desacoplado da ISS. O Progress é um veículo de reabastecimento que leva suprimentos para as tripulações da estação espacial. Além do rastro de fogo causado pela combinação da alta velocidade da sonda com o atrito entre sua superfície metálica e a atmosfera da Terra, a tripulação contemplou de brinde o nascer do Sol sobre o oceano!
#2: Como são os anéis de Saturno?
Infelizmente, para desilusão dos produtores da franquia Velozes e Furiosos, não é possível encontrar uma justificativa científica plausível para a ideia de carros dirigindo nos anéis de Saturno. Isso porque esses anéis, o conjunto mais extenso do Sistema Solar, são constituídos por centenas de milhares de pequenas partículas, que variam em tamanho e forma, desde alguns micrômetros até alguns metros, com uns poucos que são maiores que um ônibus. Essas partículas estão separadas a curtas distâncias entre si e não formam nenhuma estrutura contínua sólida. Elas são compostas essencialmente por gelo de água e resquícios de materiais rochosos, como silicatos e compostos orgânicos e se estendem por 7.000 km a 80.000 km de distância em relação ao equador de Saturno. Acredita-se que esses anéis sejam pedaços de cometas, asteroides ou luas despedaçadas que se fragmentaram antes de chegarem ao planeta, destruídos pela imensa gravidade de Saturno.
#3: Um lápis cósmico!
Cientificamente nomeada de NGC 2736, a aparência estreita e fina dessa nebulosa é a razão do seu nome popular, Nebulosa do Lápis. Distante cerca de 800 anos-luz de nós e com cerca de 5 anos-luz de comprimento total, a Nebulosa do Lápis é apenas uma pequena parte do remanescente da supernova da Constelação de Vela. Na imagem, a onda de choque da supernova atravessa o espaço interestelar a mais de 500.000 quilômetros por hora. Próximo da região central desta imagem em composição colorida, percebem-se os filamentos trançados finos e brilhantes que estão movendo-se para cima. Estes são, na verdade, longas ondulações de gás brilhante vistas de perfil. As cores vermelho e azul representam os brilhos característicos dos átomos de hidrogênio e de oxigênio ionizados, respectivamente. A estrela que originou esse remanescente cósmico explodiu há cerca de 11.000 anos. Inicialmente, a onda de choque da supernova movia-se a milhões de quilômetros por hora e diminuiu sua velocidade à medida que perdia energia com o contato com material interestelar.
#4: O teste do S50: o maior motor-foguete já fabricado no Brasil!
Na primeira sexta-feira deste mês (1º), a Força Aérea Brasileira (FAB) em conjunto com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) realizaram o primeiro ensaio estático de Tiro em Banco do Motor-Foguete S50, projeto inteiramente nacional. O motor S50 irá compor os estágios dos veículos lançadores (VLM-1) e sub-orbitais (VS-50) e é um dos projetos inovadores do Programa Espacial Brasileiro. O teste representa uma etapa para o estabelecimento de um projeto completo de lançamento brasileiro onde será possível, através dos veículos lançadores de microssatélites, colocar em órbita cargas de até 50 quilos.
#5: Qual é o resultado de uma fusão de galáxias?
A imagem acima apresenta a galáxia NGC 3256, localizada a uma distância de cerca de 100 milhões de anos-luz da Terra. Estima-se que ela seja o resultado de uma fusão entre duas galáxias com massas semelhantes que ocorreu há 500 milhões de anos e que ainda carrega as marcas desse evento colossal: uma região central excepcionalmente brilhante, faixas de poeira em redemoinho e caudas de maré distantes. Embora em uma colisão de galáxias estrelas individuais raramente colidam, as enormes nuvens de gás molecular e poeira interagem e produzem explosões espetaculares de formação de estrelas. Por essa razão, a região central da NGC 3256 experimenta uma formação de estrelas muito mais rápida e intensa que o normal. Além disso, nesta dança de galáxias, os discos de ambas, outrora individuais, não são mais distintos e seus dois núcleos também se fundirão à medida que NGC 3256 se torna uma única grande galáxia elíptica!