Bridgerton: por que a segunda temporada é melhor que a primeira? (opinião)
Tecmundo
A segunda temporada de Bridgerton estreou na Netflix no último dia 25, para a alegria dos fãs, e desta vez acompanha a trajetória de Anthony, irmão mais velho da família que dá nome à série.
Ainda que a produção tenha alterado alguns pontos primordiais da história apresentada nos livros, gerando revolta entre os fãs mais antigos — aos que não sabem, a série é inspirada na saga de livros Os Bridgertons, de Julia Quinn —, a temporada foi um sucesso para os que acompanham apenas a adaptação. No Rotten Tomatoes, por exemplo, a produção conta com aprovação de 78% da crítica e 82% do público.
Entre clichês, boas pitadas de representatividade e muito romance slow burn… afinal, o que torna a segunda temporada um sucesso e por que você deveria assistir aos novos episódios de Bridgerton?
Reprodução/Netflix
Evolução de Anthony
Na primeira temporada, Anthony vive como um libertino nas ruas de Londres. O personagem foi o Bridgerton com mais tempo em tela, além de Daphne, é claro, mas a sua presença não era das mais agradáveis, convenhamos.
Na nova leva de episódios, porém, vemos Anthony passar de um visconde traumatizado pela morte do pai e por uma desilusão amorosa na primeira temporada para um Anthony “versão 2.0”. Isso porque, além de mostrar o típico rabugento rebelde sem causa, a série se preocupou em dar mais profundidade ao personagem - o que parece não ter sido o caso com Daphne.
Orientação de mulheres
Poucas pessoas sabem, mas todas as cenas de sexo da série são orientadas pelas chamadas coordenadoras de intimidade.
Com todos os movimentos ‘coreografados’ como uma dança, fica claro ao longo dos episódios que a orientação feminina nas cenas íntimas e até de proximidade do casal é essencial para garantir a não objetificação do corpo feminino, sem deixar de lado os prazeres das personagens.
Desenvolvimento dos personagens secundários
Na nova temporada, tanto a família Bridgerton quanto os Featherington têm mais tempo de tela. As tramas de Benedict — talvez o próximo protagonista, se a adaptação seguir os livros — Eloise e Penelope ganharam mais “corpo”, o que com certeza deve ajudar o desenvolvimento dos personagens em suas respectivas temporadas nos próximos anos.
Reprodução/Netflix
Romance em construção
Muitos fãs não gostaram da mudança de ritmo do casal principal, em comparação com os protagonistas da primeira temporada. Mas é aí que mora o principal diferencial dos novos episódios.
Conhecido como slow burn, o romance se desenvolve lentamente e garante que o espectador se apegue mais aos detalhes e à construção do casal. Obviamente, a trama se apoia em boas doses de clichê para isso, o que nem de longe tira o brilho da dupla principal.
Como já era esperado, porém, as poucas cenas de sexo foi uma das maiores reclamações dos fãs. O assunto inclusive foi tratado pelo ator Jonathan Bailey, que dá vida a Anthony. "O que você perde em cenas de sexo, você ganha em entendimento humano mais profundo. O que esperançosamente, enriquece aquele universo para que as futuras cenas de intimidade não sejam um recurso pesado e você não tenha que se apoiar tanto nelas".
O ator deu a letra: a quantidade de cenas dialogou perfeitamente com a trama, sem deixar pontas soltas ou descaracterizar um personagem em nome das cenas íntimas.
Mas e você, o que achou da segunda temporada de Bridgerton? Conta para a gente nos comentários!