Conheça as armas de laser da França que destroem drones no ar
Tecmundo
Um equipamento testado pelo exército francês nesta semana nos remete imediatamente a uma cena de batalha de Star Wars: militares operam armas que não atiram balas, mas feixes de laser para o alvo. Em uma demonstração, soldados conseguiram destruir um drone em pleno voo.
O novo sistema, desenvolvido por uma startup chamada Cilas, já está programado para uso nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. O principal objetivo do armamento, financiado com recursos públicos, é proteger bases militares, usinas nucleares e grandes eventos contra ataques de drones.
O canhão utilizado no teste é capaz de detectar drones leves comerciais até 3 km de distância e eliminá-los ao atingirem 1 km de alcance. Embora Estados Unidos e Israel também estejam desenvolvendo equipamentos semelhantes, o experimento realizado na França foi o primeiro feito na Europa, segundo o Ministério das Forças Armadas do país.
Como funciona o raio laser dessas armas francesas?
Embora vejamos muitos filmes com combates de raio laser, a tecnologia é bastante utilizada popularmente em aparelhos de apontar, como canetas com luz. Além de classificar a seleção da Inglaterra, confundindo o goleiro dinamarquês Schmeichel na hora de um pênalti decisivo, os dispositivos estão presentes hoje em várias manifestações populares.
Falando ao canal Tilt do portal Uol, o físico Luís Araújo, professor da Unicamp, explicou que o uso bélico do laser foi impulsionado pela indústria. A partir do momento que se desenvolveram aparelhos com a tecnologia para cortar chapas de aço, usou-se “uma combinação de cinco ou seis desses lasers que produzem um feixe bastante intenso capaz de destruir pequenos alvos, derrubar drones ou explodir granadas".
Pela sua intensidade e precisão, o laser foi facilmente adaptado como mira de armas. Além disso, o desenvolvimento de armamentos high tech revela-se, em longo prazo, mais vantajoso para a indústria bélica. Embora demandem um investimento inicial alto, os lasers acabam sendo mais econômicos, já que não demanda armazenamento, logística ou transporte de munição pesada.