EUA se tornou o maior centro de mineração de Bitcoin do mundo

Em maio de 2021, a China revelou que não permitiria mais realizar trades e mineração de Bitcoin em território chinês — inclusive, isso ajudou a causar uma das últimas quedas do mercado de criptomoedas, que ainda está se reerguendo. Desde então, o país deixou de ser o lugar com a maior porcentagem de mineração de Bitcoin do mundo e, agora, deu lugar aos Estados Unidos.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto CCAF (Cambridge Center for Alternative Finance), da Universidade de Cambridge, a legislação chinesa causou uma rachadura no mercado que colocou os EUA em primeiro lugar.

China caiu de 75% para 0% em dois anos

Até maio deste ano, a China era responsável por 44% de toda a mineração de Bitcoin ao redor do mundo e, em 2019, o número era ainda maior: as mineradoras chinesas eram responsáveis por até 75% do setor. Pouco após a decisão, em julho de 2021, o número de mineradoras chineses zerou.

Como consequência das decisões realizadas pelo governo chinês, até o final de agosto, o país norte americano já era responsável por 35,4% do mercado de mineração mundial, seguido pelo Cazaquistão (18,1%) e Rússia (11%). 

Pouco após a proibição, algumas empresas que atuavam no país confirmaram interesse em mudar para os Estados Unidos ou Europa.

Muitas mineradoras chinesas estão em processo de mudança, ou já mudaram, para outros ambientes menos hostis. A Ásia Central, os Estados Unidos e a Rússia são lugares que estão sendo visados pelo setor, e não apenas por aquelas empresas que operavam em solo chinês. 

A Rússia, por exemplo, também é um país com  baixo custo de energia e com clima frio — isso poderia ajudar a diminuir as contas das mineradoras e auxiliar no controle de temperatura das máquinas de mineração. Porém, isso pode ser um problema justamente por conta das facilidades, já que há uma preocupação sobre o crescimento de mineração ilegal no país.