Golpista se irrita ao falar com vítima durante golpe: 'mal-educado'
Tecmundo
Quem nunca recebeu ligações inoportunas e para lá de inconvenientes de telemarketing, não é? Existem algumas formas de evitar a frequência dessas chamadas e uma delas é pedir para que a empresa retire o seu número da base de dados. Foi isso que o cientista de dados, Rafael Godori* fez quando recebeu mais uma ligação do banco que tentava oferecer um cartão com funções crédito e débito.
"Recebi uma ligação com uma mensagem gravada falando que eu tinha um cartão pré-aprovado. Geralmente, quando recebo essas ligações, logo entro em contato com a empresa para que tirem o meu número da base deles", conta Rafael.
No entanto, a mensagem não dizia qual era o banco. "Por isso, quando a gravação perguntou se a empresa podia entrar em contato comigo, escolhei a opção 'sim'; dessa forma eu conseguiria pedir a retirada diretamente ao atendente", explica.
Ao falar que não tinha interesse na oferta e pedir a retirada de seu número, porém, Rafael recebeu uma resposta um tanto ‘deselegante’. O golpista se irritou e chegou a chamar o cliente de "mal-educado". Confira a conversa na íntegra:
Reprodução
Golpe
No entanto, ao entrar em contato com o banco Santander para entender o motivo da resposta “atravessada”, o TecMundo descobriu que o contato era uma tentativa de golpe. A instituição negou que o número seja da companhia, ressaltando que o logo usado na foto do contato é antigo e não é mais utilizado pela empresa.
Segundo Rafael, seria difícil identificar a tentativa de golpe sozinho, já que o criminoso utilizou uma mensagem gravada se passando pelo banco no primeiro contato, usava WhatsApp Business e tinha a abordagem padrão utilizada por empresas de telemarketing. Além disso, o criminoso usou um número muito parecido com aquele usado pelo Santander.
Alerta
Vale ressaltar que é preciso redobrar a atenção quando algum número desconhecido entra em contato afirmando ser de alguma instituição conhecida. Em golpes mais elaborados como este, por exemplo, algumas dicas para se precaver é pesquisar o número na internet e entrar em contato com a empresa por meio de canais oficiais.
Se o buscador não relacionar o número com o banco ou empresa de imediato, desconfie. Outro ponto que pode passar batido é justamente o logo utilizado pelo contato na foto de perfil, já que a empresa nunca usará a antiga. Por último e mais importante: nunca compartilhe dados pessoais sem antes ter certeza de que o número é realmente da instituição.
*A vítima teve o nome trocado na reportagem para preservar sua identidade.