Google pode reduzir salário de empregados em home office
Tecmundo
Funcionários de um mesmo escritório do Google que optavam por trabalhar em home office antes da pandemia tinham cortes nos salários, que variavam conforme a distância de suas casas da sede da empresa. A informação, publicada pela Reuters nesta terça-feira (10), mostra que a prática continua e que quanto maiores os deslocamentos, maior a redução salarial.
Um funcionário do Google, que pediu para não ser identificado, falou à Reuters que viaja todos os dias, por duas horas, de sua casa em um condado até o escritório da empresa em Seattle. Ele estava pensando em optar por trabalhar diretamente de casa em tempo integral, mas desistiu ao saber que teria um corte de salário de cerca de 10%.
O cálculo, que é feito pela ferramenta Work Location, lançada em junho, tem desencorajado alguns trabalhadores a ficar em home office. Segundo o funcionário entrevistado, o corte no salário é alto, e conclui: “não dei duro para ser promovido, para depois receber um corte no meu pagamento”.
Outras empresas também cortam salário de funcionários em home office
Fonte: mrkaushikkashish/Pixabay
A prática de reduzir os salários de empregados que preferem trabalhar remotamente, mudando-se para regiões mais baratas, também é comum em grandes empresas como o Facebook e o Twitter. Já empresas menores como o Reddit não discriminam se o trabalho é executado dentro ou fora da empresa, fixando-se apenas em benefícios que visem retenção e diversidade.
Um porta-voz do Google informou à Reuters que a empresa não mudará o salário de um funcionário pelo fato de ele deixar o escritório e preferir ficar 100% em home office, desde que na mesma cidade onde o trabalho se localiza. E explica que colaboradores que trabalham remotamente na cidade de Nova York continuam recebendo o mesmo salário, em qualquer lugar da metrópole.
No entanto, o Google não comentou o caso de pessoas que moram em cidades vizinhas, como Stamford, que fica a 66 quilômetros da Big Apple.