Lavagem de dinheiro com NFT já teria chegado a US$ 8 bilhões
Tecmundo
A lavagem de dinheiro por meio da compra e venda de NFTs (tokens não fungíveis) está se popularizando no mercado e chegou a movimentar US$ 1,4 milhão no quarto trimestre de 2021, de acordo com o relatório da Chainalysis. A pesquisa rastreou valores movimentados no mercado de NFT a partir de endereços de criptomoedas previamente associadas a fraudes, roubos, malwares e contas sob sanções legais. Entretanto, números recentes mostram que a prática cresceu significativamente.
A atividade ilegal acontece quando os proprietários de NFT vendem o domínio para si mesmos, enviando dinheiro de uma carteira de criptomoedas que eles controlam para criar uma falsa impressão de valor no mercado. A ação é semelhante à lavagem de dinheiro com criptomoedas, que movimentou ilegalmente US$ 8,6 bilhões em 2021, segundo a pesquisa.
Lucros podem chegar a bilhões
O relatório aponta que o vendedor de NFTs que mais teve sucesso com a prática teria realizado 830 vendas desse tipo. Usando análise de blockchain, a Chainalysis também identificou que 262 usuários venderam um NFT para um endereço autofinanciado mais de 25 vezes. A pesquisa explica que a maioria das transações não foi lucrativa, mas as operações bem-sucedidos lucraram tanto que o saldo desse grupo foi de US$ 8,4 milhões.
Lucro com atividade chegou a quase US$ 8,9 milhões, superando os US$ 416.984 de vendas não lucrativas
A lavagem de dinheiro por tokens não fungíveis também foi percebida na plataforma NFT LooksRare, que atingiu o maior volume de transações no mercado e se tornou a maior rival da líder neste segmento, a OpenSea.
Segundo a empresa de análise CryptoSlam, cerca de US$ 8,3 bilhões de negócios realizados pela LooksRare poderiam ter sido de usuários vendendo NFTs para si mesmos. A maior parte da falsa valorização de NFTs vem de coleções isentas de royalties, já que os vendedores não precisam pagar aos criadores uma taxa de venda secundária.